De acordo com o calendário chinês, o ano de 2016 é o ano do Macaco, um dos 12 animais representados pelo zodíaco oriental. Discordando dos ancestrais, ouso dizer que o ano que se encerra não foi o ano do primata, mas sim o ano do Galo. E do Galo da Comarca.

Quando eliminado da Bezinha do Paulistão em 2014, nem o mais pessimista torcedor quinzeano poderia imaginar o longo e tenebroso inverno que o auriverde teria pela frente.

2015 chegou e o time de Jaú se licenciara de competições profissionais, deixando seus torcedores órfãos de time e de frequentar o Zezinho Magalhães nas manhas de domingo. O que seria do nosso Galo?

As perspectivas não eram boas. O time se afundava aos poucos, gerando um aperto no coração do fã. O que fizeram com o nosso time? Queremos o nosso Galo de volta! E agora, quem poderá nos defender?

O XV pôde nos defender.

Time sub-20 do XV: Campeão Paulista da Segunda Divisão (Foto – Tiago Pavini)

Fazendo alusão ao seu hino, “XV de Jaú/ És gloria e tradição/ Sua história é tão bela/ De amor e união”, pessoas se uniram em prol do Galo da Comarca. De dentro para fora do clube, uma aura tomou conta da cidade, que vislumbrou voos maiores para o Galo.

Ao fim de 2015, o anuncio de uma parceria com uma empresa de Bauru, casa do maior rival, prometia fazer o XV voltar a cantar de Galo no poleiro do futebol do interior. Bons ventos sopravam Jaú.

2016 chegou. O ano da reconstrução começara pela disputada, mais uma vez, da Bezinha do Paulistão. Primeiro jogo, frente ao Tanabi, foi longe de seus domínios. Derrota logo de cara.

Será que o pesadelo continuaria? O XV não conseguiria se reerguer? Conseguiu!

Ao longo do campeonato, o XV figurava como destaque em seus grupos, sempre brigando pela cabeceira da competição, conseguindo classificações com sobra. A cidade levou o Galo nos braços, tentando alçar o time para lugares de onde ele nunca saiu: o coração jauense

Na segunda fase, disputou em um grupo onde tinha o time com o melhor ataque e outro com a melhor defesa. Só deu Galo. No mata-mata de morte doída, ainda se saiu em. O infortúnio foi que, na briga da roça, o Galo sucumbiu frente a um time que de interior só tem a sede. Eliminados na semi-final para o Desportivo Brasil, que viria a ser o vice da competição.

A derrota foi doida, mais do que se imaginava. Chegamos tão longe para morrer na praia? Longe disso! Foi só o primeiro capítulo de um novo livro que começa a ser escrito aos poucos, completando a base já produzida em outrora.

Apesar dos pesares, o ano do XV não terminou com o acesso, mas ainda tivemos festa no Zezinho Magalhães. A equipe sub-20 se fez presente e cantou de Galo, conquistando o título da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Bi campeão, aliás.

Jogadores do Sub-20 celebram a conquista com a torcida (Foto – Tiago Pavini)

Para os mais místicos, voltando ao horóscopo chinês, 2017 é o ano do Galo. Será que as energias provenientes do oriente levarão o nosso Galo para voos mais altos? Só o tempo (e a bola) dirá.

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