O torcedor palmeirense começou o ano de 2017 mais feliz do que qualquer um outro do país. Atual campeão brasileiro, reforços de peso chegaram, patrocinador investindo mais e mais. Não tinha como não pensar em mais taças chegando em um  curto prazo. Um time que terminou o ano encaixado e ficou ainda mais qualificado com a chegada de Guerra, Keno, Felipe Melo e Borja.
Porém quando a bola rolou as coisas não foram tão simples como se pintava no papel. Com Eduardo Baptista no comando, o time foi eliminado pela Ponte Preta na semifinal do Campeonato Paulista, vexame que foi a gota d`água para a demissão do treinador uma semana depois.
Cuca voltou para ocupar o cargo que tinha deixado no final do ano. Pegou um time muito diferente, sem o seu melhor jogador machucado, sem Gabriel Jesus e com a cobrança da torcida 10 vezes mais alta do que no ano passado. A falta de Moisés não justificou a falta de futebol do time durante o primeiro semestre, que fique bem claro.
Na Libertadores, o Palmeiras até que passou sem sustos em um grupo muito fraco tecnicamente, mas já com Cuca no comando, o time enfrentou o Barcelona de Guayaquil no primeiro jogo das oitavas de final, e numa postura covarde diante de um time infinitamente pior e sem Guerra, acabou perdendo por 1 a 0.

Foto histórica do atacante Euller comemorando seu gol na Libertadores de 2000 diante do Corinthians. (Foto: Daniel Augusto Jr)

3 semanas depois, no jogo que foi o estopim da briga já esperada entre Cuca e Felipe Melo, o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil após empatar com o Cruzeiro em 1 a 1 no Mineirão.
15 pontos de diferença separam o Palmeiras do inalcançável líder Corinthians no Campeonato Brasileiro. Ou seja, um time que sonhava com uma possível tríplice coroa em Janeiro, entra em campo hoje jogando a sua única chance de título em 2017.
Não vai ser fácil. A ansiedade e a necessidade de achar um gol rápido jogam contra o time de Cuca que é muito mais qualificado do que o seu adversário.
Veremos o que acontecerá após os 90 minutos. Um grande fracasso de um planejamento mal feito e o ano no lixo, ou o sonho do bicampeonato da América vivo.
Muitas coisas mudaram desde o primeiro jogo em Guayaquil. Jaílson virou titular, Deyverson chegou, Moisés e Guerra voltaram. Motivos não faltam para a torcedor palmeirense acreditar.
Apoio não vai faltar. A torcida promete carregar o time, assim como foi feito na Copa do Brasil em 2015. Todos os ingressos foram vendidos, só restam camarotes e visitantes. A promessa da maior organizada palmeirense é fazer um mosaico em todo o estádio, fato que nunca aconteceu na história da nova arena.
Vejamos se os engravatados do Palestra Itália entendam de uma vez por todas que a torcida do Palmeiras vale mais do que qualquer cerco, renda, ou jogador. Dinheiro não compra amor, muito menos títulos…
Ficha Técnica: Palmeiras x Barcelona – EQU
Local: Allianz Parque
Horário: 21h e 45 (Horário de Brasília)
Árbitro: Nestor Pitana – Argentina
Palmeiras: Jaílson, Mayke(Jean), Mina, Luan e Egídio. Thiago Santos, Bruno Henrique e Guerra (Keno). Dudu, Roger Guedes e Deyverson
Barcelona: Banguera, Velasco, Aimar, Arreaga e Pineida. Minda, Oyola, Caicedo e Damian Diaz. Erick Castillo e Jonatan Alvez
Transmissão: Globo e Fox

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