Embora os esquemas de segurança em grandes eventos tenham melhorado, o medo será constante em todos os grandes eventos
Dia 5 de setembro de 1972, terroristas do grupo Setembro Negro pulam a grade da vila olímpica, matam dois atletas da delegação de Israel e fazem nove reféns. Depois de muitos erros nas negociações da polícia alemã e uma intensa troca de tiros no aeroporto, cinco terroristas, 11 atletas israelenses e um policial alemão estavam mortos, 12 horas de conflito depois.

O atentado foi o primeiro em eventos esportivos e mostrou que atletas também eram alvo de terroristas. Por isso, todos os grandes eventos contam com um forte aparato de segurança e muito receio envolvido. Ainda assim, tivemos uma bomba explodindo e matando duas pessoas em Atlanta, em 96, além de outros atentados a equipes de futebol, como a bomba no ônibus do Borussia Dortmund, em março deste ano.

O atentando de 1972 foi motivado pelo conflito entre Israel e Palestina, depois da tomada de territórios na região. Nanos 60, os Palestinos criaram grupos terroristas e atacaram vários alvos israelenses ao redor do mundo. Hoje, apesar dos acampamentos judaicos em territórios palestinos, o conflito está controlado.

A questão é surgiram outros grupos terroristas, o Estado Islâmico é uma real ameaça a segurança da Copa da Rússia. Vale lembrar que o presidente Vladmir Putin é o principal aliado de Bashar al Assad, presidente sírio. Os dois lideram uma coalizão contra os terroristas no país.
Seria perfeito para os terroristas mostrarem sua força no principal evento de seu grande inimigo. Aliás, segundo a doutrina do grupo, todos que não seguem o Estado Islâmico devem morrer. Não importa de onde, todos os infiéis devem morrer.

O que aumenta o medo de uma bomba explodir em meio a uma concentração de torcedores, ou um caminhão avançar sobre torcedores. Ataques com os “lobos solitários” são fáceis e não precisam de grande planejamento.

Isso mostra como o ódio ao diferente só cresceu de 72 pra cá, vemos grupos extremistas e xenófobos em vários países. Não aprendemos nada com as tragédias, ou melhor, só aprendemos a torná-las rotina ao invés de passado. Diante do medo e da incerteza, cabe a nós a oração e a fé para que nada aconteça e que o esporte e vida vençam.

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