O Palmeiras está com elenco inchado. O Flamengo contratou um jogador machucado. O Cruzeiro trouxe um camisa dez velho. O técnico do São Paulo é uma aposta equivocada. Blá. Blá. Blá. O errado são os outros, meus amigos. O fato de não ter diminui os méritos dos que conseguem, dos que podem. A inveja anda cegando o mundo do futebol, dos torcedores e dos jornalistas. Vivemos uma crise. De dor de cotovelo.

A famosa pauta. A escolha de um tema a ser abordado jornalisticamente da forma que o veículo utilizar a mídia correspondente à sua proposta. O jornalismo de esportes, esvaziado pela falta de grandes eventos em tempo real, começa a procurar problemas em tudo e em todos. A espalhar um determinado ódio gratuito que se espalha por torcidas e alimenta um círculo e emoções que esconde a razão analítica de todas as partes. Ninguém pensa, todo mundo reage.

A hiprocrisia não é algo que de dissociasse do futebol ao longo dos anos, mas as proporções que são vistas nesta intertemporada nacional está extrapolando todo e qualquer noção de ridículo. Parem! Qualquer time gostaria de ter Felipe Melo em sua cabeça de área, vocês sabem disso, mas preferem criar polêmicas vazias e elevarem isso ao ódio, a troca de ofensas e deixando pra trás aquele papo que engrandece e alimenta o conhecimento de futebol.

Ah, mas o Conca está quebrado. Ah, mas eu vi você postando no Twitter: “vai lá, time X, traz o Conca que tá esquecido lá na China, ele joga muito”. Agora que ele é de outro time, é o Benjamin Button, né. Licença, senhores e senhoras, mas a inveja tem de ter limites ou ao menos ser velada, disfarçada, escondidinha. Expo-la é confessar incompetência emotiva e racional. É assinar o atestado de babaca.

Por fim, vocês que exercem a profissão para a qual eu estudei por muito anos e sigo fazendo, um pedido: façam o que vocês são pagos para fazer, o tal jornalismo. Mauro César Pereira, Fábio Sormani e “Craque” Neto são só três exemplos que vem fazendo escola, que podem contribuir com conteúdos ótimos, mas se perdem na raiva e na ausência de sentido, na camisa que vestem nos estádios, mas que não podem usar diante das câmeras, nos microfones e nos papéis.

Sejam menos.

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