8 de julho de 2014. O Brasil perde por 7 a 1 da Alemanha e é eliminado de forma vexatória nas semi-finais da Copa do Mundo. Uma partida traumática, que fez o torcedor brasileiro chorar. O futebol precisava ser repensado, novas ideias, com pessoas mais arejadas e uma CBF mais limpa. “Vamos começar o futebol brasileiro do zero”, bradavam comentaristas esportivos, revoltados.

“Renovação!”, diziam eles. E Dunga foi contratado como novo técnico da seleção. Em amistosos, o desempenho continuava pífio, mesmo mascarados com alguns bons resultados, às custas dos bons jogadores que o Brasil possui (e não, não vivemos um problema de geração). Quando criticados, técnico e comissão técnica respondiam em tom áspero, como quem acha absurda uma opinião negativa sobre o futebol apresentado pelo escrete canarinho. Nas eliminatórias, duas vitórias (contra Peru e Venezuela, ambas em casa) , três empates e uma derrota. Na Copa América, eliminação para o Paraguai nas quartas de final, após mais um desempenho desastroso em campo. Ridículo, para os padrões de uma seleção pentacampeã mundial, com os talentos que possui.

“Vamos limpar o nosso futebol dos corruptos!”, exclamávamos. Mas José Maria Marin continuou no comando do futebol brasileiro. Marin foi afastado do comando da entidade máxima do futebol brasileiro após ser preso na Suíça. No lugar dele, entrou Marco Polo del Nero. Investigado na mesma operação que prendeu o antigo presidente, o novo não sai do país com medo de ser preso e, por esse motivo, decidiu se licenciar da presidência e colocar um de seus aliados como o novo “chefão”: Marcus Vicente. Quando o ex-presidente viu que Vicente estava tentando de fato mudar o rumo do futebol brasileiro, voltou ao cargo para nomear outro representante, o Coronel Nunes. Sim, um Coronel no comando da CBF. Hoje, del Nero continua como o presidente cebeefiano e ainda não viajando com a delegação.

Resumidamente, este foi o cenário do futebol brasileiro dois anos após a fatídica derrota para os alemães.

12 de junho de 2016. O Brasil perde para o Peru e dá adeus a Copa América num grupo, além dos peruanos, com Equador e Haiti. Não podemos nos dizer surpresos. Deu a lógica.

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