Nesta sexta-feira, ficou decidida a separação do Reino Unido da União Europeia. Geograficamente, isso significa uma mudança de territórios, mas acima de tudo, uma mudança enorme nas relações comerciais e estruturais do país com relação ao mundo, afinal a UE reúne um “código de ação” conjunta que todos seus pertencentes praticam. Como nosso assunto aqui é esporte, vamos te explicar o que essa separação deve influenciar no futebol.

Todo exercício de futuro que faremos aqui são suposições com base nas leis e nas tendências, ainda que se considere um tanto plausível que novos acordos sejam feitos a partir do novo cenário separatista que se avizinha. De forma geral, o maior afetado será a Premier League, o torneio de futebol da Inglaterra e adjacências. São possíveis grandes problemas, que são:

A União Europeia facilita o trânsito entre os países de seus domínios sem que haja a burocracia envolvida em imigração, considerados estrangeiros. A livre passagem facilita com que jogadores de países vizinhos sejam destaques na PL, como Martial, Hazard e companhia. Com a separação, jogadores fora do Reino Unido podem ser considerados como estrangeiros e ter sua transferência um tanto dificultada.

O esquema de protecionismo e exclusão de um país que se separa complica muito as questões de entrada e saída de pessoas. Segundo levantamento da revista Panenka, mais de 400 jogadores da da Inglaterra e Escócia, sendo 100 da Premier League, não poderiam continuar com suas carreiras nos países. Um número bastante elevado e significativo.

O estatuto de transferência da Fifa tem em seu artigo 19º, uma determinação que jogadores de 16 a 18 anos só podem se transferir dentro da União Europeia mais Islândia, Noruega e Lichenstein, o chamado Espaço Econômico Europeu. Sendo assim, o Reino Unido não mais fazendo parte do grupo, não poderia mais contratar jovens talentos do futebol, o que é uma marca de seus clubes, a busca de joias desconhecidas que se tornam grandes nomes.

A princípio, essas devem ser questões que se complicarão no mundo do futebol inglês pós separação, mas o cenário ainda é pantanoso demais para maiores previsões certeiras. Que serão momento de tensão, não há dúvida. Agora, nos cabe esperar e torcer para que uma das maiores ligas de futebol do mundo não se desfaça por questões ultrapassadas e intolerantes, mais uma vez.

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