Por Marcus Minei, da torcida Loucos da Central

Pós-festa de encerramento do Novo Basquete Brasil, realizado na cidade de São Paulo, evento que reuniu boa parte dos clubes que disputaram o 9º NBB, ou melhor, o NBB CAIXA. (tem que falar o patrocinador).

Questão de opinião, a festa de encerramento e as premiações foram pífias, dignas da organização da Liga mesmo. “Ah, mas só porque os seus candidatos não ganharam”. Pode ser, eu sou clubista mesmo e quero ver quem não seja.

Começando pela transmissão, todos os jogos que foram transmitidos pela web nesta temporada foram ÓTIMOS! Muita gente online acompanhando os jogos e nenhuma falha que fosse prejudicial ao telespectador. Mas ontem, com 300 pessoas online, o sinal “oscilava”. Coincidência ou não, foram em momentos específicos, com “autoridades” no microfone.

Pois bem, começaram as entregas das premiações. Vale lembrar que a Liga se manifestou dizendo que a votação foi feita por: Técnicos, assistentes, capitães das equipes, IMPRENSA ESPECIALIZADA, personalidades do basquete brasileiro, comissários e árbitros. Chega a me dar ASCO imaginar as pessoas da imprensa especializada, as personalidades, comissários e o melhor?! Árbitros!

Segue o baile:

– Melhor técnico: Gustavo de Conti (Paulistano)

Tudo bem, Gustavinho é um profissional de extrema competência. Classificou o CAP na 6º vaga, eliminou Basquete Cearense, Franca e Vitória. Um time muito jovem e com muita segurança em tudo o que planejou. Mas, qual o diferencial dele?

A questão é: Por puro clubismo, o Dema (Demetrius Ferraciu, do Bauru Basket) deveria levar esse troféu, ou melhor, deveria ser candidato, pelo menos, não?

– Melhor armador: Fúlvio (Brasília)

Incontestável, não é em vão o apelido de Magic Fúlvio.

– Melhores alas: Alex (Bauru/Gocil), Holloway (ECP)

Também não discordo.

– Melhores pivôs: Jefferson (Bauru/Gocil), Lucas Mariano (Brasília)

Aceitável, mas vale lembrar que JP Baptista ficou de fora, e Olivinha, que é o maior reboteiro, não é o melhor pivô? Hm.

– Melhor estrangeiro: Holloway (ECP)

A princípio achei que poderia ser Kendall Anthony, mas Holloway fez uma “baita” temporada, levou o Pinheiros onde jamais imaginariam chegar, então nada mais justo que o Americano levar essa taça.

– Destaque jovem: Alexey (Franca/Sesi-SP)

Muito se falou no menino do Paulistano, o Yago. Eu particularmente o acho muito mais promissor. Ttive a oportunidade de vê-lo pelo menos em 4 jogos, na base do Palmeiras ainda, e o menino é um monstro mesmo. Porém, o francano merece a taça essa temporada, até por ter tido bem mais oportunidade durante o campeonato.

– Melhor sexto homem: Arthur Pecos (Paulistano/Corpore)

Grande menino. Vem de uma evolução que seria lógica com o tempo de quadra. Mas foge um pouco do quadro de sexto homem em minha opinião. Pecos jogou média de 25 minutos por jogo (mais da metade de uma partida). Jogadores com o tempo de quadra menor que de Pecos renderam um pouco mais aos seus times. Mas não é nada de absurdo ele levar o caneco.

– Jogador de que mais evoluiu: Georginho de Paula (Paulistano/Corpore)

Justo! A briga é sempre boa nessa categoria, mas Georginho mostrou que cresceu muito nessa temporada e vai muito provavelmente conseguir algo na NBA dentro de alguns anos. (Apesar de ser contra).

– Melhor defensor: Jimmy (Mogi da Cruzes/Helbor)

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Sem desmerecer o Jimmy (ótimo marcador mesmo), mas não dá! Enquanto Alex ‘Monstro Sinistro Mito Brabo’ Garcia jogar, o troféu vai ser dele. “Ah mas…” não! Ninguém no Brasil consegue marcar mais que o Alex (sem clubismo mesmo). E para desmascara a Liga Nacional, eles poderiam abrir os envelopes de votação, pois essa, eu duvido o Jimmy ter levado de fato.

Detalhe: Alex não é o melhor defensor, mas Bauru tem a melhor defesa do Campeonato. (ué?!)

– MVP: Holloway (ECP)

Esse foi pior que chute bem dado. Jogou muito, mas não tem como. Muitos vão dizer que os números dele são melhor que os de Alex e Jefferson (concorrentes ao prêmio). Sim, não melhores nos números, mas seus dois adversários tiveram mais 5 jogos, além de eliminar Holloway e companhia na semi-final, terminaram com a taça em casa. Sem mais, clubista mesmo e quem discordar provavelmente é mogiano.

– Melhor árbitro: Cristiano Maranho (SC)

Indiscutível. Sobrou no NBB. Mas na verdade, o troféu de melhor árbitro deveria ser dividido, pela comissão de arbitragem da liga. Entre tantos nomes como Marquinhos, Jacó, Serpa, Jonas Andreia, Benito, Loccatelli, Huber e claro DIEGO CHICONATO, a comissão merecia mais ainda. Árbitros que nunca erram, são perfeitos e não querem quase nunca aparecer, usam SEMPRE a TV pra consultar só jogadas que são extremamente duvidosas! Acho até que o troféu Fair Play merecia chamar: Troféu MARANHO.

– Melhor dirigente da liga perfeita: FERNANDO FISCHER!!!!

Por favor, Fernando, pare de defecar pela boca. Supere que o projeto ficou grande demais para o senhor enquanto jogador, e não tome as dores do seu irmão, que saiu pelas portas dos fundos e jamais voltará bem quisto para a “Cidade Sem Limites”. Você como representante da Liga, deveria tomar mais cuidado com as opiniões que tem e expressá-las de forma mais discreta. Até porque, como dirigente, você era um ótimo “marcador”.

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A festa de Liga Nacional é da Liga mesmo, mas é uma vergonha para o basquete brasileiro, nos bastidores da INQUESTIONÁVEL quantas pessoas não estão fazendo absolutamente NADA para o desenvolvimento/crescimento do esporte?! Essa nova fase de patrocínios e contatos que foram fechados no começo da temporada animaram muito os clubes. Doce ilusão. Quem acompanha os trâmites de gastos dos clubes sabem do que eu falo.

Vi clubes como o Macaé rodarem mil quilômetros de ônibus para jogar em Bauru, enquanto a arbitragem e mais um monte  de “comissários, dirigentes, fulano, ciclano” serem bancados pela Avianca. Que vantagem levam os clubes? Não falo de Bauru que está no Estado de São Paulo. Mas e Caxias? Basquete Cearense? Vitória? Campo Mourão? É por isso que muitos clubes não sabem como vai ser a próxima temporada, não conseguem montar uma base para manter um padrão de jogo, ninguém sabe como vai começar. Imagina terminar uma temporada entre os 3, 4 últimos colocados, sem ajuda nenhuma da liga.

Sem falar nos patrocinadores, que já fazer muito pelos clubes, e são VETADOS de aparecer e serem noticiados com o nome de suas empresas anterior ou posterior ao Clube/Cidade. Podemos lembrar também que ninguém sabe como são as finanças e prestações de contas dessa liga, para que 10/15/20 representantes da liga em jogos? Mas podemos questionar?

A verdade é que a Liga Nacional vem caminhando a passos largos às gestões anteriores da CBB. “Mas a CBB está se reerguendo”, tomara que sim! Mas o que a Liga tem com isso? Por isso vamos passar as categorias de base ou de acesso para eles? (eu juro que não acreditei quando fiquei sabendo disso).

Posso escrever pelo menos mais 10 páginas de problemas ocultos dessa escrota gestão, que não fez questão alguma de esconder que não inquestionáveis neste campeonato, mas prefiro deixar apenas como um alerta, para os amantes desse esporte, olharem mais atentamente aos fatos.

Em um país onde a bola laranja é a terceira opção, o esporte vem sendo esquecido pelas pessoas que mais deveriam tentar nos levar ao degrau de cima. O falso moralismo e a briga de ego que existe na PERFEITA E INQUESTIONÁVEL Liga Nacional acaba mascarando problemas que sempre foram nossos, e nunca foram e pelo jeito não serão solucionados. Algo precisa ser feito, antes que a LNB perca suas duas primeiras iniciais oficialmente, sendo trocadas por CB.

O sonho é meu, e de muitos que amam essa modalidade, vivem dela e querem acreditar que voltaremos para o nosso lugar, mas ultimamente, acreditar nisso é o mesmo que acreditar que a corrupção no nosso país e em algumas entidades vai acabar amanhã pela manhã.

Vida que segue. Mal podemos esperar.


O Linha Esportiva não se responsabiliza pelas opiniões contidas neste texto. Elas são única e exclusivamente pertencentes ao seu autor.

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