D, eu comecei a assistir NBA há uns 6 ou 7 anos, era bem moleque, não sabia praticamente nada sobre a liga, sobre o esporte, de forma geral. Só queria acompanhar aquele negocio que meu primo João falava pra mim. Ele dizia com tanto afinco sobre que eu decidi que também queria viver aquilo tudo. E comecei.

Acho que ninguém acompanha um esporte sem ter alguém pra doar suas boas intenções, né. Ter alguém pra torcer é dar caráter e vida pra atividade. É dar sentido. Eu via o Lakers e o Boston sempre nos grandes jogos, das decisões, mas não queria torcer por eles, não me cativava. Achei o Miami, que era da cidade da minha tia. Criei vínculo. E descobri que o cara daquele time era você.

Dwyane Wade, camisa 3. Cara rápido, ousado, doutrinador. Não entendia sobre as posições do jogo, mas via que você jogava de muitas formas, fazia muitas funções. Desde carregar a bola até o Bosh, até infiltrar em meio a 3, 4 marcadores e fazer uma bandeja absolutamente impossível, de mão trocada e ainda ganhando a falta. Eu me fascinei com aquilo. E sigo fascinado, aliás.

O tempo passou, os títulos vieram, você somou anéis. Eu estava lá em Miami no de 2013, dia 19/07, contra o Sours, eu estava na AAArena, gritei muito por todos nós, comemorei como se fosse um norte americano que nasceu jogando basquete. Fui na carreata e vi você erguer o troféu para aquela multidão que seguia vocês na B.Key. Comprei uma camisa de número 3, um boné de campeão, um adesivo que está aqui, na janela do meu quarto até hoje.

O meu adesivo de campeão

O meu adesivo de campeão

Aqui no Brasil, onde moro, meus amigos tiraram onda de mim quando o LeBron saiu do Heat, mas eu sempre disse pra eles que o grande nome da equipe sempre foi você, o dono de Miami é você, o jogador da franquia, sempre será D-Wade. Eles hesitam em crer, mas azar o deles. A gente sabe quem manda. A gente sabe por quem ficaríamos de luto se houvesse uma despedida. E ela é hoje, é agora.

Não vou me alongar em dados e coisas técnicas, você foi o maior jogador que vestiu a nossa camisa. Com quem vibramos mais vezes, pra quem rezamos aos finais de jogo. Clutch. Gênio. São questões que fogem ao meu entendimento que explicam sua saída. Não me importo. Só queria deixar registrado em texto o que essa data significa.

É um luto. É a perda de um ente querido, um grande amigo. Que você seja feliz em Chicago, ainda que não sejamos sem você, aqui. Boa sorte, D. Obrigado por me fazer fã da NBA, do Miami Heat e do Dwayne Wade. A vida segue. E quando você voltar pra AAA, os aplausos sempre estarão por aqui. Valeu. Abraço!

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