As últimas temporadas não foram boas para o Milan. Sem grande poder de investimento, o gigante italiano, dono de 18 títulos italianos e sete UEFA Champions League, vem colecionando campanhas decepcionantes tanto no cenário doméstico, como oitavo, décimo e sétimo lugares, quanto no europeu e viu uma era de domínio da Juventus, com a conquista do tetracampeonato italiano e dois vice-campeonatos da Champions.

Entretanto, para a temporada 2017-2018 a promessa é de que os tempos de vacas magras do Milan comecem a ficar para trás. O primeiro passo foi a venda da equipe para um grupo de investimentos asiático. Em abril deste ano o chinês Li Yonghong, dono da holding Rossoneri Sport Investment Lux, adquiriu o clube rossonero por R$ 2,4 bilhões colocando fim ao período de mais de 30 anos de Sílvio Berlusconi como presidente. Foi a sob a direção do ex-primeiro ministro italiano que o Milan viveu seu período mais glorioso, com a conquista de oito campeonatos italianos e cinco Champions League.

Com dinheiro em caixa, o Milan começa a reconstruir seu elenco para a próxima temporada visando a volta ao protagonismo. E as primeiras apostas tem sido em jogadores jovens e não muito badalados no cenário europeu, mas que têm potencial para crescer nas mãos do técnico Vincenzo Montella e formar uma equipe competitiva. Além disso, pela pouca idade são atletas para ficar muitos anos em Milão jogando em alto nível.

Até agora foram 135 milhões de euros investidos em sete jogadores. Na defesa chegaram os laterais Andrea Conti, um dos destaques da última temporada na Atalanta, que surpreendeu ao ser quinta colocada no Campeonato Italiano, e Ricardo Rodriguez, que se destaca há varias temporadas no futebol alemão atuando pelo Wolfsburg. Para a zaga o reforço é o promissor argentino Matteo Musacchio, que se destacou no espanhol Villarreal.

Para o meio campo foram dois reforços: o volante Franck Kessié, mais um destaque da Atalanta e o meio-campo turco Hakan Calhanoglu, que veio do Bayer Leverkusen e é considerado um dos melhores batedores de falta do mundo, com 11 gols anotados dessa forma em quatro anos de Bundesliga. Já para o ataque foram dois nomes: o português André Silva, artilheiro do Porto na última temporada com 21 gols e já defendendo a seleção. André inclusive já recebeu elogios de Cristiano Ronaldo e é visto como sucessor de CR7 no time português. Já o italiano Fábio Borini é talvez o nome mais contestado dos reforços, pois volta à Itália vindo do Sunderland após passagens fracas por Liverpool, Roma e Chelsea.

Além dos reforços, outra grande notícia para os torcedores do Milan foi a permanência do promissor goleiro Donnarumma. Após anunciar que estava de saída, o arqueiro foi alvo de protestos, inclusive com chuva de dinheiro durante o Europeu sub 21, mas renovou o contrato e segue defendendo a equipe para a próxima temporada.

Além do Campeonato Italiano, o Milan disputará a Copa Itália e volta a uma competição europeia na UEFA Europa League. O trabalho de reconstrução do gigante está apenas começando e promete ser de longo prazo. Será necessário ter paciência. Mas parece que, finalmente, depois de um bom tempo, o Milan dá sinais de que um dia poderá voltar a brigar entre os grandes da Itália e, quem sabe, da Europa.

 

 

 

Comentários

comentário