Após 92 anos de ausência, o rugby voltará a ser disputado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Esse esporte surgiu na Inglaterra, durante o século XIX, e é disputado com uma bola oval, semelhante a uma bola de futebol americano. Existem duas modalidades de rugby: o Union, que é disputado por quinze jogadores, e o Seven, no qual sete jogadores participam da partida. O rugby Seven será o modelo de disputa no Rio de Janeiro.

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O Brasil disputará o rugby no masculino e no feminino por ser o país-sede. Apesar de não ter nenhuma tradição no país, alguns atletas Brasil afora escolheram praticar o esporte e se dedicam muito em treinamentos e competições. Um exemplo é o que acontece  em Bauru, com o time Rugby UNESP Bauru.

A equipe é formada por jovens universitários que descobriram no rugby a paixão pelo esporte. “Na UNESP não existia um time de rugby. Comecei a conversar com um pessoal que já jogava e queria montar um time. Conversamos com a Atlética da Universidade para liberar o campo para os treinos e assim formamos nosso time, que tem um ano e meio de fundação”, explica Pedro Thomé, jogador e responsável por conduzir os treinos do time Rugby UNESP Bauru.

Os treinos acontecem três vezes por semana. Ás segundas-feiras, das 17h às 19h e sextas-feiras das 12h às 14h no campo da UNESP, localizado na Praça de Esportes da Universidade e às quartas-feiras das 23h às 01h na quadra de areia da Avenida Getúlio Vargas. Apesar de a equipe carregar o nome de uma instituição, qualquer pessoa interessada pode fazer parte do time. “Qualquer um pode participar. É só comparecer nos dias de treino ou entrar em contato conosco pela página do time no Facebook (Link AQUI)” , explica Pedro Thomé.

Rugby Unesp Bauru treinando: Objetivo é fazer boa campanha na LOPAR.

Time Rugby Unesp Bauru em mais um dia de treino no campo da UNESP

E para quem achou que os garotos jogavam rugby apenas por diversão está enganado. Além dos treinamentos, a equipe Rugby Unesp Bauru participa da LOPAR, a Liga do Oeste Paulista de Rugby. Nessa competição participam em torno de sete a nove times e os custos são todos bancados pelos próprios participantes. Isso reflete um dos problemas de modalidades esportivas que não tem tanta popularidade no Brasil, a falta de incentivo. O jogador André Padoveze, o “Cabelo”, cobra maior apoio das prefeituras municipais para que esportes menos populares, como o rugby, ganhem espaço no Brasil. “Precisa parar de incentivar somente o futebol. Em Bauru incentiva-se somente o futebol amador e não há espaço para outros esportes”.

Mas, entre tantos esportes mais populares e com mais apelo e apoio no Brasil e em Bauru, o que levou esses jovens a escolher o rugby como modalidade esportiva para praticar?

André Padoveze, o “Cabelo”, ressalta a dinâmica diferenciada do jogo. “Sempre gostei de esportes coletivos. Conforme fui aprendendo a maneira como um time de rygby tem que se organizar, a coletividade que precisa ter e a solidariedade necessária com companheiros e adversários, descobri que é um esporte agradável e apaixonante”.

Com todas as dificuldades de se praticar esporte no Brasil, os jogadores do time Rugby UNESP Bauru seguem firme em sua rotina de treinamentos e competições mostrando que, mesmo sem apoio das autoridades e cobertura mais ampla da mídia, modalidades com menor visibilidade também merecem ter seu espaço no Brasil e, com força de vontade e dedicação, é possível driblar as dificuldades encontradas.

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