O título, é claro, faz referência a célebre citação de Chaves no Festival da Boa Vizinhança, em que o verso precisa ser repetido por 44 vezes. Em nossa vida futebolística, não ouvimos o poema, mas conseguimos enxergá-lo por tantas vezes quando o cão (jogador) volta da Europa não só arrependido e com o rabo entre as patas, mas querendo cantar de galo.

Ele mesmo, que não roeu osso algum. Pelo contrário: se “contentou” com o banco de reservas e não mostrou o futebol imaginado. Falo de Gabriel Barbosa, ex-Gabigol, porque no Velho Continente pouco balançou as redes.

A Vila que ele volta está cada vez mais perto de ser a Belmiro e, com isso, deixa claro que não quer se esforçar para dar certo pelos gigantes europeus. Quer mesmo é mordomia e se rotular como craque, exigindo a camisa 10 para acertar com o Santos.

É bem complicado esse caminho escolhido por Gabriel. É jogar ao alto toda pompa colocada nele quando foi negociado. É querer voltar para zona de conforto, em que sabe que é tratado como grande jogador e terá, na teoria, cadeira cativa no time titular.

Gabigol não deu certo nem no futebol português. Confesso ser difícil acreditar nisso.

Torço para que ele volte a jogar bem no colo da torcida santista, mesmo sendo contra esse tipo de retorno por comodidade.

Cito como exemplo Gabigol, mas esta volta do cão arrependido serve para muitos outros jogadores brasileiros. Querem ser negociados, comem a bola no Brasil e se acham os donos da bala Chita. Só que quando chegam à Europa e não conseguem espaço, querem retornar para os clubes de origem o mais rápido possível.

Jogadores assim podem até voltar como o cão arrependido, principalmente com o rabo entre as patas. No entanto, teriam que molhar muito a camisa e se esforçarem ao extremo se quisessem dar certo na equipe, mesmo que de futebol americano, comandada pelo Professor Girafales e pelo Seu Madruga.

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