Por Gabriel Amorim

Venho discutindo há algumas semanas com alguns amigos como o jornalismo esportivo vem sendo aniquilado – e se aniquilando – nessas nossas redes antissociais. Grandes e renomados nomes da reportagem de antigamente se perderam em personagens clubistas que visam mais atacar os próprios colegas de profissão do que praticar o bom e velho jornalismo.

Um planta conversa fake acusando um atleta que joga no rival do seu time (e não da sua empresa); o outro acusa um colega de profissão sendo que já foi comprovado a inocência do trabalhador no caso. Tudo isso por pura birra clubista, ou pra aparecer mesmo, não sei ao certo. Eu não entendo de onde vem tanto ódio e tanto descompromisso com a profissão, com a informação, com a sociedade.

Mas nem tudo está perdido. Vendo pelo lado do copo meio cheio, ainda tem muita gente boa fazendo bom jornalismo. É só procurar, é só querer, que você vai encontrar boas histórias, boas informações e o jornalismo esportivo na sua essência.

Nesta semana, tivemos uma grande polêmica com a reportagem-denúncia da ótima Gabriela Moreira da ESPN sobre a espionagem e até o uso de drones por parte do Grêmio. Não importa o momento que a notícia foi veiculada, não importa se prejudicou A,B ou C. Isso é outra discussão.

O que ela fez é de se aplaudir de pé, ainda mais no nosso meio esportivo de hoje. Cinco meses de apuração não são cinco horas. Foi um trabalho investigativo e jornalístico muito bem feito, no qual foi contada apenas a verdade, que muitos duvidavam, e que foi comprovada pelo próprio técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, ontem em coletiva.

Gabi Moreira é uma rainha! Por fazer jornalismo esportivo num meio totalmente machista, totalmente preguiçoso e altamente clubista (ultimamente). E se o ‘’mundo é dos espertos” eu ainda prefiro o mundo da verdade do que o da mentira.

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