Vivendo uma história de terror contada da mais cruel maneira por ínimigos íntimos, o tricolor paulista antecipou o final dramático que ja se escrevia para si, chegou a última página antes mesmo de sentir o arrepio desesperador subir lentamente na nuca, aquele que congela fervilhando. O São Paulo está salvo, torcedor. Viveu uma noite de paço, de reencontro e deu graças.

Não, eu, o cara por trás dessa texto com cara de ode, não imaginava um final de temporada tão angustiante aos vários amigos tricolores que tenho. Há alguns meses, garanti neste mesmo endereço que a equipe dava mostras que seria protagonista na Copa Libertadores. Foi. Não ao ponto que previ, mas fez uma trajetória muito elogiável, sendo capaz de arrepiar os pelos deste braço palmeirense em jogos no Morumbi.

O clube tem tido uma ano diferente do seu padrão então inabalável de organização e firmeza. Já teve técnicos aos montes, de Jardini a Patón. Hoje, mais humilde, tem Ricardo Gomes a frente de um esquadrão que estava a um ponto de fazer parte dos times que descendem à série B, onde o tricolor jamais esteve. Nesta segunda, vencer o Fluminense, no Rio, de virada, o coloca a uma distancia segura de maiores perigos, ainda que ele exista.

O duelo de tanta representatividade começou com uma equipe paulista desnorteada, mal armada e amada, levando um gol cedo, depois de jogada linda do bom Wellington. No segundo tempo, o inexplicável entrou em cena, ainda que tivesse a ajuda de Gum e do muito promissor Neris, jovem talento, a camisa tricolor berrou aos quatro cantos que: “EU NÃO VOU CAIR”. Ok.

Não há maiores contextos táticos que justifiquem essa reação inesperada, o adversário é frágil, sim, mas venceu quase todos os seus jogos em casa, está na parte de cima da tabela. O São Paulo foi lá, venceu e fim dessa história breve. Se imaginava-se que a equipe do Morumbi corria algum risco de descender, esqueça. Há uma ancora na série A nas cores vermelho, preto e branco e reside no Morumbi.

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