Não me venha com essa de que o time com mais investimento tem obrigação de vencer. E nem com a de que o atual campeão é obrigado a manter a taça. Final é decidida em detalhes. No jogo. Na raça. Na vontade. Final não é obrigação. Final é superação.

Fato é que quando Corinthians e Palmeiras entrarem em campo para a primeira partida da decisão, farão a primeira final entre as duas equipes deste século. É muito mais que uma disputa de título. É uma reedição de história. De combate. De guerra. De paixão. De amor.

Amor em verde e branco. Amor em preto e branco.

O Paulistão não é decidido entre os dois desde 1999. Na oportunidade deu Timão, com direito às famosas – e polêmicas – embaixadinhas de Edílson. Antes disso, em 1993, teve goleada em final, com gol de pênalti de Evair na prorrogação que tirou o Verdão da fila.

Por mais que, talvez, o torcedor não queria enfrentar o maior rival na final, com toda certeza não há quem não estivesse com saudade de ver uma guerra dessas novamente. Já faz tempo. Tem quem nem tinha nascido, ou era menino, ou ainda não entendia de bola. Não há quem aceite perder uma disputa dessa.

Não há favorito. Mesmo um com melhor campanha. Mesmo que um tenha vencido todos os últimos clássicos contra o outro. Mesmo que um tem mais dinheiro. Mesmo que um é atual campeão. Mesmo que é torcida única. Mesmo que a decisão é na casa de um ou de outro.

Em Corinthians e Palmeiras não tem essa. Tudo fica para trás. Ganha quem tiver mais vontade de vencer durante todo o tempo e não quem acha que vai ganhar a qualquer momento.

Em jogo, além da taça do estadual, está uma disputa pessoal entre os dois times que têm tomado conta do futebol nacional nos últimos anos. Entre 2015 e 2017, por duas vezes o Brasileirão ficou em mãos alvinegras e por uma vez em mãos alviverdes.

Na hora que a bola rolar tudo isso vai ficar para trás, é claro. O que não vai ficar de fora é o sangue nos olhos dos dois lados. Até porque, se faltar nos olhos de um, a taça com certeza vai para as mãos do outro.

E tem quem ainda diga que “Paulistinha não vale nada”.

Vale muito!

Comentários

comentário