A poderosa Florida Cup acontecia no verão de Orlando, dois anos atrás. Paolo Guerrero, então jogador do Corinthians, era eleito o craque da competição e com o imponente personagem da Disney em versão dourada e brilhante, o camisa 9 peruano fez uma foto que se eternizou algum tempo depois.

Guerrero tornou-se jogador do Flamengo em uma transação muito importante no cenário nacional. Chegou com status de craque. Em um primeiro momento, não rendeu tão bem. Levemente abaixo da expectativa. Talvez fosse o time que não correspondesse à sua capacidade. Ou quem sabe o treinador..

Em 2016, o novo milionário Flamengo, sob o comando do gestor e visionário Eduardo Bandeira de Melo, começou a impor no mercado que a equipe estava preparada para doutrinar o futebol nacional. Trouxe Diego, meio campista de seleção brasileira e bastante identificado com a torcida rubro-negra. Era a peça que faltava.

Willian Arão, tirado do rival Botafogo, Cuellar, Mancuello. Os ajudantes também eram imponentes. O cheiro de sucesso era insuportável, como dizem os torcedores, ótimos de faro. Palestino à parte, o Flamengo montou uma reação muito forte no campeonato brasileiro, chegando a ficar a apenas um ponto da liderança a poucos pontos de ser campeão. Quase lá. Ficou um cheirinho de quero mais.

2017, Conca, Everton Ribeiro, Rhodolfo, Geuvânio e mais quarenta e quatro reforços chegaram ao clube carioca. Uma verdadeira seleção. Destaques em todas as funções, soluções que eram pedidas. Faltava um estádio pra chamar de seu? Não faltava mais. Arena do Urubu. A Libertadores era o sonho, o Mundial, os 6 títulos no ano, como previam alguns otimistas.

Eliminação na fase de grupos da competição continental, mais de uma dezena de pontos distante da liderança do campeonato brasileiro. Qual o problema, presidente? Tá tudo bem? Os discursos professorais e super calmos, confiante no projeto de ontem sumiram e deram lugar a discursos exaltados sobre arbitragem? Mas o senhor mesmo disse em 2016 que o campeonato não se decide pelo apito, mas pela capacidade do projeto, não é?

Desculpas aos montes, o Flamengo se colocou na linha de tiro e precisa responder. Se a torcida dizia que só faltava um personagem animado, tamanha era a quantia de reforços, se a direção não tem mais as muletas de ontem, é hora de responder no campo. Estádio, elenco mais caro, mais recheado, finanças auspiciosas, diretoria modelo de gestão. Tá tudo aí. Ou será que falta o Mickey?

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