Disputada pela primeira vez na história num estádio de futebol, a fase final da Liga Mundial de vôlei terá a seleção brasileira como protagonista. Jogando na Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense, a equipe dirigida por Renan Dal Zotto venceu os Estados Unidos por 3 sets a 1 e classificou-se para a final. O jogo decisivo será disputado amanhã, às 23h05 e terá a França como adversário da equipe brasileira.

O DESTAQUE: Wallace

O oposto que joga na equipe de Taubaté nunca venceu a Liga Mundial, e terá no jogo de amanhã a grande chance de levantar sua primeira taça nesta competição. Extremamente preciso no ataque, Wallace foi o destaque na virada de bola brasileira para garantir pontos decisivos na vitória contra os Estados Unidos.

Decisivo tanto na entrada quanto na saída de rede, é o jogador de desafogo do ataque brasileiro, responsável pelas principais viradas de bola e acionado em todas as situações importantes do jogo.

JOGANDO JUNTOS: Bruno e Lucão

Levantador e central se conhecem desde os tempos do finado time de Florianópolis que fora bicampeão da Superliga em 2003 e 2004. Companheiros de seleção brasileira desde 2009, eles jogam praticamente de olhos fechados e juntos fazem a parceria mais temida da Liga Mundial.

Bola de segurança da seleção brasileira, Bruno procura Lucão em todas as situações de perigo e quase sempre o resultado é favorável. Além da importância no ataque, Lucão é decisivo no bloqueio (jogador mais alto dentre os titulares com 2,10 metros) e no saque.

A ESPERANÇA: Lucarelli

Ponteiro do Taubaté na Superliga, Lucarelli tem oscilado bastante dentro da fase final da Liga Mundial. Após um começo muito ruim no jogo contra o Canadá, quando quase foi sacado do time, ele se recuperou e foi decisivo no 3º e 4º sets da estreia brasileira.

Decisivo na vitória contra a Rússia no jogo de ontem, não repetiu o desempenho na semifinal e mostrou apenas lampejos do seu talento. Tem mostrado problemas na recepção, mas vira bolas fundamentais e será decisivo na final de amanhã.

PONTO NEGATIVO: Pouco revezamento da equipe

Iniciando um novo ciclo olímpico, a seleção brasileira perdeu jogadores importantes como Serginho, Murilo e Lipe, decisivos na caminhada rumo à olimpíada do Rio de Janeiro.

Desta forma, a equipe brasileira tem se repetido em quadra com os mesmos jogadores e tem usado muito pouco o banco de reservas, com entradas esporádicas de Renan e Eder como centrais e Raphael na inversão de 5 e 1. Como os jogos brasileiros tem sido longos (todos com mais de duas horas), a questão física pode pesar na decisão.

O ADVERSÁRIO: Zebra canadense tenta quebrar favorita

França e Canadá se enfrentarão na 2ª semifinal e quem vencer disputará o título contra o Brasil. A seleção europeia, eliminada da olimpíada pela seleção brasileira, foi a primeira colocada na classificação geral da Liga Mundial e chega na semifinal após duas vitórias por 3 a 2 (contra Sérvia e Estados Unidos) na fase de grupos.

Já os canadenses deram trabalho ao Brasil mas foram derrotados por 3 a 1 na estreia e na sequência atropelaram a Rússia por 3 a 0 e pela primeira vez na história classificaram-se para as semifinais da Liga Mundial. A França é candidata e vem jogando o melhor voleibol da Liga Mundial 2017, mas não se pode descartar uma vitória do Canadá.

Edit.: A França bateu o Canadá por 3 sets a 1, parciais 25/19, 22/25, 25/19 e 25/21. 

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