A Copa Libertadores da América terá seu inicio na próxima semana, com os jogos da primeira fase eliminatória. Em 2017, será disputada a 58ª edição do campeonato que reúne dez federações nacionais do continente. Mas como surgiu o torneio? Quais os maiores vencedores? Quem nunca venceu um jogo sequer? Vamos a um pouco da história do maior torneio de clubes da América do Sul.
A 1ª edição da Libertadores ocorreu em 1960. A ideia de disputar um torneio continental surgiu dois anos antes, com o brasileiro José Ramos de Freitas, presidente da CONMEBOL, e contava com o apoio de Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Peru. O nome foi dado em homenagem a Simon Bolivar, José San Martin, Pedro de Alcântara (Dom Pedro I, para nós no Brasil) e Bernardo O´Higgins, grandes líderes dos movimentos emancipacionistas da América do Sul. Dessa forma, estava criada a Copa Libertadores da América. Inicialmente, contaria apenas com a participação dos campeões nacionais, mas pouco tempo depois abriu-se também para os vice-campeões, e daí em diante tem ampliado sucessivamente o número de participantes. Já teve participação de equipes do México, e atualmente, conta com 58 times apenas da América do Sul.
Nenhum país tem tantos títulos continentais de clubes quanto a Argentina. Até o presente momento, os Hermanos levantaram o caneco 24 vezes, além de 9 vice campeonatos. É justamente a Copa Libertadores que dá o apelido ao Independiente de Avellaneda, conhecido no seu país como o Rei de Copas, pelos seus 7 títulos. Colado vem o Boca Juniors, que já soube 6 vezes o que é ganhar a Libertadores. Entretanto, nenhum dos dois times estará presente na edição de 2017. Entre os times brasileiros, São Paulo e Santos com três conquistas comandam o ranking de títulos do país, seguidos por Cruzeiro e Grêmio com duas conquistas. O Brasil está no 2º lugar do ranking de títulos do torneio, com 17 títulos e 15 vice campeonatos.
Se olharmos para o número de participações, dois tradicionalíssimos times uruguaios encabeçam o ranking: Nacional e Peñarol já disputaram um total de 44 edições do torneio cada um, sendo responsáveis pelos 8 títulos do Uruguai na Libertadores, além de outras 8 finais. Peñarol é o time com mais finais disputadas na história e Nacional aquele com mais jogos na história da competição. Por isso, eles lideram o ranking histórico de pontos no campeonato, seguidos de perto pelo River Plate da Argentina. Os três times estarão presentes da edição de 2017 e poderão alterar esta classificação, que tem o São Paulo como melhor brasileiro (9º lugar).
Entre os treinadores, ninguém venceu tantas vezes quanto o argentino Carlos Bianchi. O ex técnico de Velez Sarfield e Boca Juniors, atual comentarista de uma rede de televisão, foi campeão da Libertadores em 4 edições (1994, 2000, 2001 e 2003). Os brasileiros Luiz Felipe Scolari, Paulo Autori e o argentino Edgardo Bauza o seguem com 2 títulos cada. Apenas o croata Mirko Jozik conseguiu ser campeão da Libertadores como treinador sem ter nascido na América do Sul.
O maior artilheiro da história da competição foi o equatoriano naturalizado uruguaio Alberto Spencer, com 54 gols marcados (48 pelo Peñarol e 6 pelo Barcelona do Equador) entre 1960 e 1972. Dentro de uma mesma edição, o destaque é do argentino Daniel Onega, com 17 gols em 1966 pelo River Plate da Argentina.
Bolívia e Venezuela são os destaques negativos do torneio continental. Trata-se dos únicos países que ainda não tiveram nenhum representante nas finais do torneio. Inclusive, o Zamora da Venezuela tem o recorde negativo da competição, tendo saído da edição de 2015 sem nenhum ponto na fase de grupos.
A edição de 2017 está começando. Quem será capaz de mudar a história e deixar seu nome marcado na Copa Libertadores? Façam as suas apostas!