As águas estão perto de rolar, assim como a bola que nos faz tão feliz neste país. Do futebol e do Carnaval. Há até quem não goste de um ou de outro, mas as origens de ambos estão ligadas e caminham juntas. Há folião que joga bola e jogador que não perde um Carnaval. E vice e versa, como diria um dos grandes fazedores de gol que o Brasilzão já teve. Se não sebe quem é, dá um Google e #DESCUBRA.

E como um bom folião que gosta de futebol, nos dias carnavalescos que estão por vir (e que para alguns já até começaram) não pode faltar a sequência da marchinha que iniciei o texto: “garrafa cheia eu não quero ver sobrar”. Mas ao invés de saca-rolha, a moda agora é Catuaba que nem precisa de um para abrir a garrafa. Só não se esqueça de beber com moderação.

No embalo de Carnaval, algumas canções foram atualizadas pelo amigo de todos, que está meio sumido porque iniciou as comemorações faz um tempo. Falo dele, o Pequeno Confrade. Passo a voz (escrita) para ele.

CONVERSAS E MARCHINHAS DO CONFRADE

Estava passeando pela rua e vi uma Jardineira bem desanimada, cabeça baixa e sem querer trabalhar. Perguntei o motivo de estar tão triste e o que foi que havia acontecido. Ela me respondeu que já não chorava mais pela camélia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu. Mas sim pelo seu time, o São Paulo, que começou a temporada bem abaixo do esperado e não deixava que ela tivesse esperanças. Pedi pra ela ficar tranquila e nanar. Afinal, Nenê vem ai junto com Diego Souza, Cueva, Valdivia e Cia, então não há motivo para as lágrimas (ou há).

Continuei minha caminhada pela capital paulista e encontrei um torcedor do Palmeiras. Animado com o clube este ano ele estava, mas meio receoso pelo no ano passado as expectativas não terem se concretizado. Tive que pedir calma para o palestrino também, porque realmente acredito que este ano irá dar tudo certo. Até porque, tem a turma do Dudu, que joga e ninguém dorme no ponto. Mesmo assim ele ainda ficou com o pé atrás e medo de os rivais zoarem ele devido ao investimento do time. Tranquilizei novamente, afinal de contas, a Tia Leila gasta o dinheiro dela e ninguém tem nada com isso.

Consegui que ele se acalmasse e não pensasse na história de não ter Mundial, pois 51 é pinga e nada melhor que uma dose no Carnaval. Segui meu caminho e resolvi ir para a Zona Leste. Encontrei uns parceiros da Fiel. Todos também sem muita esperança para este ano, mesmo com as taças conquistadas pelo time “quarta força”. Falta um nove, falaram eles. Mas disse para que se acalmassem, abrissem alas para time jogar, até porque sem árbitro de vídeo tudo ia ficar como sempre foi. Se não ficar, os outros times é que vão querer saber quem roubou até a cueca para fazer pano de prato.

Ele quis me bater, mas tudo bem. É época carnavalesca e eu não quero brigas. Por isso mesmo, desci a serra para relaxar a cabeça. Parei em Santos e de cara encontrei um tiozinho torcedor do time da cidade. Ele já viu de tudo na baixada e é viúva de Pelé, Robinho e Neymar. Desânimo estava escrito na cara dele. Calma, eu disse. O filho do Furacão está no comando e todo mundo sabe que caiu na rede é peixe. Ele nem quis saber. Me pediu um dinheiro aí, pra ver se comprava algum bom jogador. Eu disse que não ia dar não, porque se não ia ter uma grande confusão. Poxa, o dono do bar já estava atrás de mim e queria receber pelo alcoolismo que consumi.

Depois de encontrar estes torcedores ilustres queria mesmo é dar um MIM ACHER e partir para o Rio. Sempre me falam que a festança lá é fora do comum. Mas não rolou. A vontade ficou só no cheirinho, mas o Carnaval não. Por aqui vou curtir todos os dias e ser sincero, diferente da Aurora.

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