Por Franco Júnior

Quando assumiu o comando técnico do River Plate, em 2014, Marcelo Gallardo e os torcedores de Los Millonarios jamais iriam prever uma parceria de tanto sucesso. Muñeco foi contratado muito mais pela identificação de seu tempo como jogador do que pelo seu único trabalho como comandante, no Nacional, do Uruguai. Por lá, venceu o Campeonato Uruguaio na temporada 2011/2012.

De meados de 2014 para cá foram seis títulos pelo River. Logo em seu ano de estreia, Gallardo foi campeão da Copa Sul-Americana. No ano seguinte, em 2015, conquistou mais três títulos: Recopa, Copa Suruga e, o mais importante, a Copa Libertadores. Em 2016, venceu novamente a Recopa e, por fim, a Copa da Argentina.

Currículo que o gabarita como um dos principais treinadores sul-americanos na atualidade e o fez ser sondado por diversos times neste ano. Mas ele preferiu ficar e continuar a construir a história de sucesso à frente do time do coração.

Muñeco vestiu a camisa do River em três passagens diferentes (entre 1993 e 2010) e, quando assumiu a equipe como treinador tinha apenas 38 anos de idade. Se chegou inexperiente, mostrou competência para conquistar o elenco e fazer o time voltar a ser temido por qualquer oponente.

A temporada passada poderia ser uma espécie de desastre. Pelo Campeonato Argentino a classificação para a Libertadores 2017 não chegaria. Mas ela veio com o título da Copa Argentina. Caneco conquistado em cima do Rosario Central.

Marcelo Gallardo é mais um ex-jogador argentino que conquista sucesso como treinador comprovando que a Argentina é um verdadeiro celeiro em formar este tipo de comandantes.

Ele agora é mais do que realidade e, com sua permanência, deixa evidente a vontade de se tornar um dos principais técnicos da história Millonaria. Isso será possível se vencer mais uma Libertadores pela equipe como treinador, sua terceira com o River, já que ergueu o caneco como jogador em 1996. Outra necessidade de Muñeco é vencer um Campeonato Argentino, título que ainda não tem como comandante do River. Estrela que falta no currículo vitorioso do treinador.

Mas mesmo se esta taça não vier, o comandante jamais será esquecido pelo torcedor que o quer por muito tempo à frente do River Plate.

Competente, estudioso, audacioso e moderno. São esses os diferenciais de Gallardo. Uma máquina de títulos. Uma espécie de talismã. Um torcedor à beira do gramado.

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