Sábado, 6 de agosto, Ginástica Artística Masculina
A equipe de ginástica artística masculina estava preparada e com alguns atletas com grandes chances de classificação, além da tão buscada classificação por equipes. E o primeiro dia da ginástica artística masculina do Brasil nos Jogos Rio 2016 não poderia ter sido melhor. Os atletas eram estreantes em competições olímpicas por equipe e, além de se classificarem como time para a final, ainda garantiram outras seis vagas em decisões de medalhas individuais, um feito inédito para o Brasil.
Incentivados pela torcida, os atletas não se mostraram tímidos com a pressão de conseguir um bom resultado dentro de casa na competição por equipes e garantiram a sexta colocação na fase de classificação, atrás de potências como China, Estados Unidos, Rússia, Japão e Grã-Bretanha, mas à frente de Ucrânia e Alemanha. Dois atletas se classificaram para a final Olímpica do individual geral: Sérgio Sasaki ficou em 8º. Ele mesmo, que passou por dois dramas recentes em sua carreira como ginasta, que poderia não chegar nos Jogos Olímpicos e que, após alguns meses apenas de recuperação, se mostrou gigante e chegou a essa classificação. Junto com ele, Arthur Nory conseguiu o 11º lugar, em uma disputa que contará com 24 atletas. O jovem que ganhou a graça do público e com sua simpatia, alegria e beleza, contagiou a todos os torcedores brasileiros.
Arthur Zanetti permanece na luta pelo bicampeonato Olímpico. O atleta, medalha de ouro nas argolas em Londres 2012, se classificou em 5º lugar em prova que teve o chinês Liu Yang na primeira posição. Zanetti sabe que terá de fazer mais para subir ao lugar mais alto do pódio. Mas, não podemos subestimar o mestre das argolas, o atleta dos movimentos simétricos e aos olhos leigos, perfeitos.
Mas, a emoção total veio com o veterano em Olimpíadas, o grande Diego Hypolito. O choro após sua apresentação em seu melhor aparelho mostrou que o atleta ficou visivelmente comovido ao completar sua apresentação no solo e ficar em quarto lugar, perto da sonhada medalha que persegue há vários anos. E o atleta terá na prova a companhia de outro brasileiro, Arthur Nory, que ficou com a oitava e última vaga. Francisco Barreto Júnior, quinto lugar na barra fixa, também fará final.
Ou seja, foi um dia de glória para a ginástica brasileira, que conquistou vagas nas finais com todos os atletas.

 

Domingo, 7 de agosto, Ginástica Artística Feminina

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Com nomes conhecidos em Jogos Olímpicos como Jade Barbosa e Daniele Hypolito, a equipe brasileira teve como destaques as estreantes Flávia Saraiva e Rebeca Andrade. A equipe brasileira se classificou para a final por equipes nos jogos, com 174,054 pontos acumulados, resultado que a deixou na quinta colocação e entre as oito que passam à última fase. A disputa por medalha será na terça-feira, às 16 horas.
Aos 31 anos, Daniele Hypolito mostrou determinação para a disputa decisiva. A atleta disse que é preciso “ir com tudo” para a final por equipes. A veterana chegou a pedir desculpas ao público brasileiro, de dentro e de fora do ginásio, por conta de sua apresentação do solo que, DE LONGE, não foi parecida com suas apresentações medianas. A nota recebida foi 12,400 e o público, mesmo com as falhas, a aplaudiu e aceitou o pedido de desculpas com muito carinho. Com o primeiro objetivo cumprido, as brasileiras já podem relaxar. A estreante Rebeca Andrade brincou: “Não fico nervosa antes ou depois, fico na hora. Vou dormir igual a uma princesa.”
Deixando de fora algumas falhas, vamos falar das glórias das ginastas. Flavinha, a pequena de 1,33 metros e de uma habilidade gigante, como a de um jogador de basquete, deu um show a parte. Um show de simpatia, um show de alegria. Com a maior nota de partida das brasileiras, a jovem de 16 anos também teve a melhor execução na trave e garantiu 15,133. O resultado surpreendeu até mesmo a ginasta, que levou as mãos à frente da boca. Ela já tinha saído sorridente da área de competição e distribuindo tchauzinhos. Flavinha só não foi melhor do que a estrela Simone Biles (15,633) – maior campeã mundial da história – e Lauren Hernandez (15,366), caloura sensação dos Estados Unidos. Por outro lado, a baixinha de 1,33m deixou para trás a atual vice-campeã mundial, a holandesa Sanne Wevers (15,066), e a romena Catalina Ponor (14,900), campeã olímpica do aparelho em 2004. Flavinha foi a 19ª no individual geral, mas entra com a 17ª melhor nota na final.
Ao som de Beyoncé, Rebeca empolgou o público e saltou alto. No entanto, apresentação lhe rendeu 14,033 – a mesma pontuação obtida por Flávia. O encanto da pequena ginasta levou o público a vaiar a avaliação dos árbitros. Rebeca Andrade voou em todos os aparelhos e somou 58,732 pontos. Ela foi a quarta colocada, mas entra na final do individual geral como terceira mais completa. Com surpresas e lógicas, a ginástica artística brasileira permanece viva nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e conta com a torcida de milhões de brasileiros.

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