A seleção brasileira conheceu na última sexta feira o seu grupo na Copa do Mundo da Rússia. Será a primeira vez desde 1998 que nossa seleção terá a companhia de duas europeias (Suíça e Sérvia). Os brasileiros enfrentaram os suíços apenas uma vez em Copas do Mundo, na edição de 1950, e houve empate por 2 a 2. Já os sérvios serão um adversário inédito para os comandados de Tite. A quarta seleção do Grupo E é a Costa Rica, representante da CONCACAF e que já enfrentou o Brasil duas vezes em Copas do Mundo: 1990 (vitória por 1 a 0) e em 2002, ano do penta (vitória por 5 a 2). Confira a seguir uma análise das quatro seleções que compõem o grupo.

 

Brasil

A seleção pentacampeã do mundo passou por uma transformação radical depois que Tite assumiu o comando, pulando do sexto para o primeiro lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas. O time passou a ser menos dependente de Neymar e jogar mais coletivamente, com as subidas de produção de Casemiro e Philippe Coutinho, o retorno de Paulinho jogando em alto nível e a ascensão meteórica de Gabriel Jesus como artilheiro. O bom desempenho levou o Brasil da ameaça de ficar fora ao posto de favorito para a Copa da Rússia.

O problema maior está no banco de reservas. Sem uma geração tão brilhante de meio campistas e atacantes habilidosos a disposição, Tite tem encontrado dificuldades para encontrar os suplentes para Paulinho, Renato Augusto, Neymar e Gabriel Jesus. Giuliano, Taison e Diego Souza já foram chamados, mas nenhum deles convenceu totalmente.

Em campo a principal dificuldade tem sido furar retrancas de seleções que vão a campo com propostas de jogo totalmente defensivas, como visto no último amistoso frente à Inglaterra. Superar essa dificuldade será vital para terminar a primeira fase da Copa na liderança, visto que nenhum dos três adversários deverá encarar o Brasil de igual para igual.

Treinador: Tite

Esquema tático preferido: 4-1-4-1

Destaque individual: Neymar (PSG)

Atenção a: Philipe Coutinho (Liverpool) e Gabriel Jesus (Manchester City)

 

Suiça

Na história das Copas a seleção suíça sempre foi marcada pela defesa intransponível, o time quadrado e retrancado. A equipe mais marcante foi a de 2006, eliminada nas oitavas de final sem levar um gol sequer durante toda sua participação na competição. Mas o perfil do grupo atual de jogadores foge um pouco dessa característica. A Suíça conta com atletas técnicos e que atuam nos principais times europeus, como o lateral Ricardo Rodriguez (Milan), o volante Xhaka (Arsenal) e atacante Shaquiri (Stoke City).

Entretanto, na hora de concluir a gol a Suiça enfrenta dificuldades em encontrar um centroavante confiável para ser seu artilheiro, o que pode comprometer jogos contra as principais seleções e a campanha durante o Mundial. O principal nome no setor é Seferovic, atacante do Benfica.

Os suíços se classificaram para a Copa na repescagem derrotando a Irlanda do Norte e devem brigar pela segunda vaga do Grupo E as oitavas de final.

Técnico: Vladimir Petkovic (sérvio naturalizado suíço)

Esquema tático preferido: 4-2-3-1

Destaque individual: Shaquiri (Stoke City)

Atenção a: Ricardo Rodriguez (Milan) e Xhaka (Arsenal).

 

Costa Rica

A representante da CONCACAF foi uma das grandes surpresas do Mundial realizado no Brasil, em 2014, quando liderou o grupo formado por três campeões mundiais (Inglaterra, Uruguai e Itália) e parou apenas nas quartas de final, derrotada nos pênaltis pela Holanda.

Para 2018 o grupo titular não mudou quase nada. Apenas o zagueiro Waston é a novidade. O ponto forte continua sendo o forte sistema defensivo liderado pelo goleiro Kaylor Navas, titular do Real Madrid. As esperanças de gols continuam nos pés de Joel Campbell, que não se firmou no Arsenal e vive sendo emprestado, e Bryan Ruiz.

A Costa Rica se classificou facilmente para o Mundial da Rússia, com o segundo lugar das Eliminatórias da CONCACAF, mas, com a mesma base da Copa no Brasil e os atletas envelhecidos, fica a dúvida se conseguirá repetir o bom desempenho de quatro anos atrás.

Técnico: Óscar Ramirez (costarriquenho)

Esquema tático preferido: 3-5-2

Destaque individual: Keylor Navas (Real Madrid)

Atenção a: Bryan Ruiz (Sporting), Joel Campbell (Bétis).

 

Sérvia

Ex-república da antiga Iugoslávia, a Sérvia retorna a Copa do Mundo após oito anos (ficou fora em 2014). Com uma consistente campanha nas Eliminatórias Europeias, os sérvios foram líderes do Grupo D, com seis vitórias, três empates e uma derrota.

A seleção europeia se caracteriza por um futebol de força, marcado por uma forte linha defensiva armada com três zagueiros nos quais se destacam dois nomes com experiência internacional em grandes ligas europeias: Ivanovic, ex-Chelsea, e Kolarov, ex- Manchester City e atualmente na Roma.

No meio-campo e ataque o grande nome é Matic, ex- Chelsea e hoje parceiro de Pogba no Manchester United. Apostando mais no coletivo do que na individualidade, a Sérvia deve travar com a Suíça uma disputa pela segunda vaga do grupo E às oitavas de final.

Técnico: Mladen Krstajic (sérvio/interino)

Esquema tático preferido: 3-4-3

Destaque individual: Matic (Manchester United)

Atenção a: Kolarov (Roma)

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