Quem é fã do maior basquete do mundo sabe que há um truque clássico utilizado por times que estão sendo derrotados e precisa de uma forma ágil de mudar o panorama do placar, o Hack. A funcionalidade é, de forma geral, fazer faltas nos jogadores adversários que tem baixo aproveitamento no lance livre, aos finais dos quartos, levando a jogada para os dois arremesso curtos, mas executados por esses caras que não vão bem no fundamento, fazendo com que muitos pontos são desperdiçados e a bola retoma ao time que executa a artimanha.

Não conheçe o Hack, veja aqui: https://youtu.be/iZU8s-XeQns

O pai do Hack é Greg Popovich, o coach Pop, hoje treinador do San Antonio Spurs e da seleção norte americana. Ele “inventou” a prática contra o famoso pivô Shaquille O’neal, ainda jogador do Los Angeles Lakers, um gênio debaixo da cesta, mas com aproveitamento pífio na marca do lance livre. Foi a maneira que Pop encontrou para impedir o domínio de Shaq e recuperar a bola de forma rápida sem sofrer muitos pontos.

Greg Pop, o pai do Hack

Greg Pop, o pai do Hack

Essa prática se sucedeu ao longo dos anos na liga, como uma prática recorrente, mas que vive sob criticas por ser, de forma geral, um antijogo, uma ideia que vai de encontro ao basquete de alto rendimento, qualidade e plástica. A liga, enfim, tomou uma posição definitiva. A NBA anunciou nesta terça-feira (12) mudanças em três regras para faltas defensivas feitas fora da bola ou away-from-the-play, como chamadas pelos norte-americanos. Elas são, segundo Steve Aschburner, repórter do NBA.com:

1. A atual regra para faltas fora da bola nos últimos dois minutos do quarto período (e nos últimos dois minutos de qualquer prorrogação) – a qual dá ao time que sofreu a infração o direito a um lance livre mais a posse da bola – será estendida para os últimos dois minutos de cada um dos períodos de jogo.

2. Em situações de reposição de bola, uma falta defensiva, em qualquer altura da partida, que ocorra antes que a bola seja passada pelo cobrador (incluindo faltas propositais e ocasionais, como um defensor tentando se desvencilhar de um bloqueio, etc.) será administrada do mesmo modo que uma falta fora da bola nos últimos dois minutos de um período, isto é, sendo punida com um lance livre mais a posse ao time que sofreu a infração.

3. Regras para faltas flagrantes serão usadas para prevenir excessos e situações perigosas em casos de faltas mais pesadas. Por exemplo, será considerada falta flagrante quando um jogador pular sobre as costas do adversário para cometer uma falta de maneira deliberada. Antigamente, essa situação era passível de falta flagrante, de acordo com a interpretação do árbitro, mas agora ela será automática.

Agora, é aguardar o inicio da temporada para observar o que a mudança causará na prática, mas a certeza é que o basquete sai feliz dessa decisão, porque sabe que a medida valoriza o jogo, valoriza a prática natural do esporte. Sorte de Andre Drummond, sorte de DeAndre Jordan, Dwight Howard, Hassan Whiteside e companhia.

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