27 minutos do segundo tempo. Michel Bastos recebe cara a cara com Armani, ajeita a bola e manda uma pancada, mas o goleiro do Atletico Nacional defende. Michel vai cobrar o escanteio com a torcida inflamada, com a confiança no alto e um Morumbi pressionando. Duas substituições haviam sido feitas há pouco e pareciam estar surtindo efeito. Momento ótimo são-paulino no jogo.

28 minutos do segundo tempo. Falta para o São Paulo. O atacante Borja, do Nacional, segura a bola para retardar a partida. Maicon fica nervoso, parte pra cima do atacante colombiano, que tenta se desvencilhar do zagueiro são-paulino. Maicon, infantilmente, empurra o rosto de Borja na frente do árbitro Mauro Vigliano. Maicon é expulso. O momento muda de lado e, logo depois o Atletico Nacional abre o placar com – adivinha só? – Borja. Ainda daria tempo para Borja marcar o segundo e praticamente decretar a classificação dos verdolagas para a final da Libertadores.

A  infantilidade de um jogador de 27 anos, capitão da equipe e ídolo da torcida foi surpreendente. Prejudicou a equipe num momento em que a partida estava mais favorável a ela, sem pensar nos efeitos que um homem a menos poderia causar.

Mesmo se retratando após o jogo, quase em prantos, o zagueiro sabe que foi um erro que custo muito caro. Bem mais que os R$ 22 milhões pagos pelo São Paulo ao Porto para tê-lo como jogador: custou o sonho de ser tetracampeão da Libertadores da América.

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