Por João Rafael Venâncio

18/07/2017. Era um dia de semana e o mundo do futebol se chocou com a informação dada por Marcelo Bechler. O repórter da TV Esporte Interativo, correspondente da emissora na Catalunha, afirmara que Neymar estaria se transferindo para o Paris Saint Germain, da França.

A informação repercutiu de maneira praticamente instantânea no mundo todo. Veículos de todas as partes do mundo deram a informação a partir do Bechler havia dito naquela tarde em Barcelona, e manhã brasileira. Muitas pessoas já entenderam (de maneira errônea) que o jogador iria com certeza se mudar para Paris. O que foi dito foi que o atleta e seu staff haviam aceitado a proposta.

As redes sociais, tanto do canal, como do apresentador foram entupidas de comentários como “Nossa, se ele errar, a carreira dele acaba”; “Como um canal deixa veicular uma notícia que ninguém sabe se é verdade.”, todos os comentários de fãs do futebol que pensam que entendem mais do esporte do que qualquer outro; o que é um comportamento, infelizmente, comum nos fãs deste esporte.

Agora, vamos ao que eu queria falar deste assunto: Marcelo Bechler foi brilhante acompanhando a história. Do começo ao fim, sempre foi claro e bem coerente no que dizia. Era óbvio que uma transferência de um jogador do quilate do brasileiro não teria seu desfecho da noite pro dia. Foi uma novela que durou um bom tempo.

E Marcelo foi primoroso. Atualizou o caso, sempre com informações durante a programação dos canais Esporte Interativo, além de, em determinados momentos, admitir que não tinha informação de quais seriam os próximos passos da negociação. Ele teve algo que falta muito no circo que é o jornalismo esportivo hoje, que se chama cuidado. Sempre com apurações precisas.

Em um país onde os torcedores, enquanto consumidores, sempre reclamam da qualidade das mesas redondas nas emissoras de televisão do País (inclusive este que vos fala), o que Marcelo Bechler fez foi digno de aplausos, jornalisticamente falando. Pra quem gosta de jornalismo e jornalismo esportivo, como eu, é um caso a ser visto e analisado como exemplo para as futuras gerações do jornalismo. Seriedade, comprometimento e responsabilidade, além de coragem. É disto que o jornalismo precisa.

Parabéns, Marcelo!

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