Lucas Lima é esse condão. É uma ilusão do torcedor que ultrapassou o espaço de ídolo para o de despertador, de desconexão com a magia. É como encerrar uma linda história dizendo que tudo era mentira. Meu pé de Lucas Lima.

“No final daquela rua tem
Uma casa de quintal que tem
Sonhos e fantasia
Descobridor de coisas tem
Caçador de estrelas tem também” 

Criou uma fantasia que parecia tão real, chega a ser doce. É estranho demais ter de amargar o pós sabor. É indigesto em um tanto tão verdadeiro que nem existe música pra diminuir. Vai se tornando rançoso. Deixa pra trás uma ideia de “There was once..”

“Lugar menino de pura magia
Cavalo de faz de conta
Raio de luar
Árvore na ventania toca o céu
Quero brincar”

Irreverência que brinca de ser circense na corda bamba se divertir e brincar. Zombar. Depreciar. Desprestigiar. Profissional da bola pode divertir, mas nunca, jamais, nem em uma música, ter papel de criança. É lugar de homem com espírito de uma, no máximo. Não brincasse, meu pé de craque.

“Meu pé de laranja lima
Olhando lá de cima
O mundo é bem maior
Neste balão de faz de conta
Voar de ponta à ponta
Brincar ser herói
Meu pé de laranja lima
Meu pé de laranja lima…”

Agora, quer voar, como diz no verso na acima. De tão inacreditável, esse final precisava de uma inspiração de arte. O pé de Lucas Lima quis ser herói e foi vilão. Sai como um quadrinho velho e mal conservado – abandonado. Sem torcida, sem moral e sem respeito. Murcho.

Meu pé de Laranja podre. Lima!

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