Por Nicolás

Não, a reportagem não tratará do FIFAGate, nem das acusações de corrupção na CONMEBOL. Também não se trata de mais uma fase da operação Lava-Jato. Estamos falando do jogo que classificou o último clube argentino à Copa Libertadores 2017. E certamente não se trata de um time qualquer! Os milionários (River Plate) derrotaram os Canalhas (Rosário Central) por 4 a 3 e obtiveram a última vaga dos hermanos para a máxima competição continental.

Na última 5ª feira, mais de 50 mil fanáticos acompanharam o jogo que decidiu a Copa Argentina 2016. River Plate e Rosario Central disputaram a taça, que como bônus teria a classificação do vencedor para a próxima edição da Copa Libertadores, cujo sorteio será realizado no dia 21/12. O horroroso gramado do estádio Mario Alberto Kempes, na cidade de Córdoba (700 km da capital, Buenos Aires) foi palco de um nervoso e equilibrado jogo, recheado de polêmicas e de emoção até o final.

O time rosarino vinha de seguidas frustrações nas decisões da Copa Argentina. Nas edições anteriores, perdeu para o Huracán na disputa de pênaltis e para o Boca Juniors, num jogo marcado por erros de arbitragem que prejudicaram claramente o time do Rosario Central. Desta vez, o time canalha não teve melhor sorte, e mais uma vez saiu de campo derrotado e frustrado com o juiz Patricio Loustau.

Filho do ex árbitro mundialista Juan Carlos Loustau, o mais novo juiz da família deixou de assinalar um claro pênalti no início do jogo em favor do Rosario Central sofrido pelo centroavante colombiano Teo Gutierrez, além de dar dois pênaltis duvidosos (porém, corretos) em favor do time do River Plate.

Além da polêmica arbitragem, destaque negativo para o goleiro do River Plate, Augusto Batalla, que começou o jogo marcado pelos erros cometidos no clássico contra o Boca Juniors e não conseguiu segurar a pressão mais uma vez, cometendo um erro infantil numa bola jogada na área que culminou no gol de Musto e o transitório 1 a 1 e soltou uma bola facilmente defensável que custou ao time milionário o 3º gol e altas doses de emoção até o final. No time canalha, o papel de vilão fica, quem diria, para o artilheiro Marco Ruben, que mesmo após marcar 2 gols foi expulso após uma agressão tonta quando o seu time já perdia por 4 a 3.

Lucas Alario e Marcelo Gallardo foram, sem sombra de dúvidas, os destaques do time campeão. O artilheiro dos gols decisivos mais uma vez apareceu quando seu time mais precisava dele, com 3 gols e uma atuação memorável. O treinador, que ganhou quase tudo o que disputou pelo River Plate, mais uma vez mostrou ousadia e colocou 4 atacantes em campo quando o time precisava virar o jogo, dentre eles, Ivan Alonso, artilheiro uruguaio e responsável pelo gol que definiu o jogo e, consequentemente, o campeonato em favor do time milionário.

Por fim, o jogo marcou a despedida de Andrés D´Alessandro, ícone do River Plate, que volta ao Brasil na ingrata tarefa de levar o Internacional de Porto Alegre de volta para a 1ª divisão do Campeonato Brasileiro. O time argentino, tri campeão da competição sul-americana, se classifica para a Copa Libertadores e busca repetir o título conseguido em 2015. Mais uma vez, a América pode ser milionária…

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