Mesmo já conhecendo o campeão brasileiro de 2017, a atual temporada ainda tem serviço para mostrar. Ainda temos vagas na Libertadores para preencher e da zona de rebaixamento para fugir. Sem contar o Grêmio na Libertadores e o Flamengo na Sul-Americana.
Apesar disso, muitos clubes já tem 2018 na cabeça. Peças para contratar, reforços ou reformulações, gente para sair e por aí vai. E para alguns desses times, mesmo com o ano terminado, as incerteza para aquele que se inicia ainda são grandes. Como são os casos de Internacional e Palmeiras.
Tanto colorados, quanto alviverdes, não sabem quem comandará os times em 2018. Guto Ferreira foi demitido no fim da Série B, a qual o Inter obteve o acesso a duras penas. No Palmeiras, Alberto Valentim foi comunicado pela diretoria que não será efetivado no ano que vem.
E nesse momento de indecisão, ambos os times tem a possibilidade de cometer os mesmos erros. Os dois, em momentos de crise, buscam por profissionais tidos como “cascudos”, aqueles que lidam bem com a pressão interna e externa de clubes com essas grandezas.
Nomes tarimbados como Abel Braga e Luis Felipe Scolari voltam a rondar os noticiários esportivos como possíveis opções. De certo ponto, é entendível esse anseio do torcedor pelo medalhões. Felipão pôs a América sob os pés do Palmeiras em 1999 e, com Abel, o Inter conquistou o mundo em 2006. Mas como sempre diz o prólogo de Star Wars, foi a long time ago in a galaxy far, far away.
Pois mais cancha que ambos os treinadores tenham, o futebol não é mais o mesmo desde sua época vitoriosa. Sob a batuta de Abel, o Fluminense brigou contra o rebaixamento na atual temporada, enquanto Felipão estava vivendo bons momentos na China mas, convenhamos, futebol chinês não é parâmetro para nada. O último bom trabalho do treinador foi com Portugal, em meados da década passada.
Neste momento, o futebol precisa de novas mentalidade. Como bem dito por João Gabriel Falcade, para o Nosso Palestra, o Palmeiras (mas se aplica a qualquer outro time) tem problemas de filosofia. Muito se fala em modernização do futebol, mas na hora que a coisa aperta, o torcedor é recorrente em pedir velhos conhecidos.
É assim com Abel, com Felipão, com Luxemburgo, com Paulo Autori… A lista é grande. Mas por que não ser assim com novos treinadores? Por que não dar a oportunidade que esses mesmos se tornem medalhões daqui 15, 20 anos?
Neste momento, os clubes precisam andar para frente pois, como diz o velho ditado, quem anda para trás é caranguejo. Deixem o passado descansar em berço esplendido e busquemos coisas nova!
O futebol precisa mais de novos Carille’s, Valentim’s, Roger’s, Jair’s. E vamos precisar cada vez mais. Em um esporte onde os espertos reinam, como disse Renato Guúcho, os times preferem fazer papel de bobo ao não apostar em algo diferente.