Fim de semana de fortes emoções no mundo do futebol. No sábado, Júlio César. Um dos maiores goleiros da história disse adeus aos gramados naquele palco que o consagrou e levou seu futebol para o mundo.

Ao seu lado, o zagueiro Juan. O mesmo garoto que, assim como Júlio, começou no Maracanã para conquistar muitos títulos. E que daqui a pouco tomará o mesmo caminho do amigo.

No domingo, foi a vez de Andrés Iniesta ir ás lágrimas ao jogar muito e levantar a taça da Copa do Rei da Espanha, naquele que marca um dos últimos títulos pelo Barcelona.

Mas não quero falar sobre as carreiras desses atletas. Eles conquistaram tudo, Europa, Brasil e até o mundo, mas não conseguiram vencer o tempo.

Embora muitos digam que ainda haja tempo para voltar, continuar e serem úteis para as suas equipes, cada um sabe o tempo de dizer adeus.

Por mais que Júlio César ame o Flamengo e Iniesta ame o Barcelona, clubes que estiveram o tempo todo em seus corações, eles sabem que não podem mais ajudar àqueles que um dia estiveram aos seus pés.

Iniesta sabe que os passes não serão os mesmos. Júlio sabe que não fará todas as defesas. Sendo assim, é melhor deixar a saudade dos tempos bons do que um alívio de um adeus.

E assim, como muitas situações da nossa vida, nada é para sempre. Então, é bom se espelhar nesses grandes atletas e saber qual o momento certo de dizer adeus, afinal, a torcida do Barcelona irá suspirar por muito tempo quando lembrar de Andrés e a torcida do Flamengo irá pensar o que aconteceria se Júlio não tivesse parado depois do jogo do América-MG.

E talvez esse seja o verdadeiro significado do amor. Saber que mesmo que você não fique mais lá e isso te machuque, tem que continuar sem você. Júlio e Iniesta amam seus clubes, seu povo e todas a memórias que lá ficaram, mas sabem que não podem fazer mais nada para ajuda-los.

As conquistas o tempo não apaga, mas ameniza a dor de não poder estar mais lá.

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