Clássico é sempre um caso à parte. Quando a bola rola até quem não tem religião pede auxílio de Deus. Torcedor fica sem dormir na noite pré-jogo. A semana que antecede a partida é repleta de provocações e tensão. É futebol meu amigo, a paixão está em jogo. E o resultado final é que vai dizer se seus dias seguintes serão de paz e sorrisos ou de enxaquecas e lágrimas.

Se todos esses fatores costumavam deixar um derby repleto de expectativas, a chegada de Lucas Pratto ao São Paulo e de Miguel Borja ao Palmeiras vai fazer gente ajoelhar e rezar muito antes de cada um dos próximos Choque Rei. Tem quem já esteja até mesmo fazendo promessas e apostas para o novo encontro entre alviverdes e tricolores com os dois em campo. Não haverá mais nenhum tricolor ou palmeirense ateu.

Um chegou de surpresa. Outro deu final feliz a uma novela que ficou até um pouco extensa. Protagonismo foi e vai ser de ambos. Enquanto o colombiano é apontado como o principal atacante em solo sul-americano da atualidade, o argentino já se consolidou na posição e coloca medo a qualquer adversário por sua garra dentro das quadro linhas.

O preço foi bem salgado para que eles trocassem de clubes e viessem atuar no Estado de São Paulo. Os centroavantes, entretanto, vão ter uma vida financeira bem doce na capital paulista.

Para consolidar a chegada surpresa de Pratto, o Tricolor vai pagar 6,2 milhões de euros (R$ 20,7 milhões) por 50% dos direitos econômicos do centroavante de 28 anos, que está em todas as últimas listas de convocação da Seleção Argentina. O Galo possuía 70% dos direitos e agora ainda ficará com 20%. Lucas Pratto vai ganhar R$ 400 mil por mês.

Já Borja vai vestir a camisa alviverde depois de o Palmeiras fechar acordo com o Atlético Nacional, da Colômbia. O custo total da operação é de 10,5 milhões de dólares (cerca de R$ 33 milhoes) por 70% dos direitos sobre o jogador. Tudo pago pela Crefisa em três parcelas. O tempo de contrato do colombiano é de cinco anos e o atacante terá salários de 100 mil dólares mensais, além de receber 1 milhão de dólares de luvas pela assinatura de contrato.

Borja e Pratto têm tudo para escreverem belas e vitoriosas histórias com nas novas camisas que escolheram usar. Eles colocam os holofotes ainda mais voltados ao futebol paulista, considerado em outros tempos o mais forte do Brasil e que, agora, volta a adquirir tal status com a vinda dos hermanos.

Imagine, então, se o Corinthians tivesse concretizado a negociação com o marfinense Didier Drogba. O patamar dos clubes da capital paulista ficaria ainda mais alto. Infelizmente, para o corintiano, o veterano atacante não vai vestir o manto alvinegro. Uma pena para o Timão e um alívio para os rivais. “Valeu, Drogba!”, dizem eles.

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