Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 começaram há pouco menos de duas semanas e já estão marcando história. Com sede em Pyeongchang, na Coreia do Sul, a cerimônia de abertura contou com um feito histórico: a união das Coreias do Sul e do Norte em uma mesma bandeira.

Com uma delegação unificada e sob os aplausos de mais de 30 mil pessoas, as duas nações, que estão tecnicamente em guerra desde 1950, entraram juntas no Estádio Olímpico de Pyeongchang, demonstrando que o Esporte é capaz de unificar e fazer com que todos possam viver em um ambiente civilizado e pacífico.

Em um encontro histórico e marcante, o sul-coreano Yunjong Won, do bobsled, e o norte-coreano Chung Gum, do hóquei no gelo, desfilaram segurando um mastro com uma bandeira branca com o desenho da ilha que contém os dois países.

Além de ser um marco na história, essas olimpíadas também está trazendo diversas histórias emocionantes que mostram verdadeiras lições de vida no qual somente o esporte é capaz proporcionar.

Um desses casos é o do mexicano German Madrazo, atleta de 43 anos, que não sabia esquiar e jamais tinha usado sequer um esqui até os seus 42 anos de idade, em janeiro de 2017. Então, foi dai que o ex-nadador e tri-atleta teve a ideia de tentar se classificar para os Jogos Olímpicos de 2018, tendo em vista que o México teve apenas um participante em Sochi (2014).

Dedicado e decidido a participar, Germán mudou para a Europa, na Islandia, onde poderia dedicar-se ao esqui. Mas para que tudo isso acontecesse, ele teve de vender suas bicicletas além de precisar de um emprestimo. Tudo para conquistar o seu objetivo e sonho de disputar os Jogos Olimpícos por seu país.

Depois de um longo ano de muito esforço e dedicação, o mexicano conseguiu a classificação para as olimpíadas de PyeongChang, sendo um dos quatro atletas integrantes da delegação mexicana. Porém, o melhor ainda estava por vir.

Desde de criança aprendemos que os primeiros colocados são os maiorais, melhores, e que os últimos são os piores e mais desiludidos, pois não basta só participar. Mas, nessa história não é bem assim. Após 33 minutos e 43 segundos, o suíço Dario Cologna garantiu o seu terceiro ouro seguido nos 15 quilômetros do esqui cross-country, porém, o ápice da prova aconteceu 25 minutos após a vitória de Dario. Foi nesse momento que o velho ditado: ‘’Os últimos serão os primeiros’’ tornou-se realidade. Recebido pelos quatro últimos atletas que acabara de finalizar a prova, Germán atravessou a linha de chegada em 116°, por último, com um imenso sorriso no rosto e a bandeira de seu país nas mãos.Em um enorme clima de festa, os últimos cinco colocados, em especial, o ultimo dos últimos, Germán Madrazo, foi abraçado por seus rivais e colocado nos ombros de dois deles, celebrando, mesmo ficando em último, sua verdadeira vitória: a realização de seu sonho, sendo um verdadeiro símbolo do espírito dos Jogos Olímpicos.

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