Enquanto o mundo do futebol comenta maior transferência da história, com Neymar indo do Barcelona para o futebol francês, um clube homônimo se prepara para o um dos jogos mais importantes da sua história. Barcelona de Guayaquil terá na próxima quarta-feira a oportunidade de enfrentar (e eliminar) um dos maiores clubes do Brasil, dono de uma história internacional (e um orçamento) que transforma o jogo numa peleja digna de Davi e Golias. Mas será que o Palmeiras pode esperar uma classificação tranquila?

O clube equatoriano foi fundado em 1925 e desde 1957 disputa ininterruptamente a primeira divisão do futebol do seu país, conquistando 15 títulos do campeonato nacional. Se dentro do seu território é uma potência, fora delas está longe de ser um bicho papão. Em torneios continentais, as melhores campanhas da equipe amarilla, como é conhecida no seu país, foi nas Copas Libertadores de 1990 e 1998, nas quais a alcançou a decisão e ficou com o vice-campeonato.

Na edição 2017, contudo, o Barcelona está disposto a reescrever a sua história. Após cair num grupo com dois ex campeões mais uma equipe brasileira e ser considerado o mais fraco da chave, conseguiu a classificação com uma rodada de antecedência e só ficou em segundo lugar no saldo de gols e com o melhor ataque do grupo, sendo a quarta melhor campanha entre os segundos colocados. Para desespero do torcedor Palmeirense, os melhores jogos dos equatorianos nesta edição da Libertadores foram disputados fora do seu estádio, nas vitórias contra Estudiantes de la Plata e Botafogo, ambas por 2 a 0.

No elenco atual, o treinador uruguaio Guillermo Almada tem como grande figura o seu compatriota Jonathan Alvez. O atacante tem passagens pelo futebol português é o máximo artilheiro da equipe, com 13 gols em 20 partidas disputadas em 2017. Já no meio de campo, um dos ídolos da torcida amarilla fala português, embora não seja muito conhecido aqui no Brasil. Gabriel Marques fez a sua carreira no River Plate do Uruguai, jogando como zagueiro. Após uma breve passagem pelo Nacional do Uruguai, o jogador fez parte do Atlético Paranaense na sua volta à série A em 2012 e chegou ao Barcelona em 2015, onde rapidamente conquistou a torcida. Contra o Palmeiras deve atuar como volante, mas recuar para a zaga até formar uma linha de cinco defensores caso a equipe precise.  Para o jogo de volta, os equatorianos contrataram o ex Cruzeiro Luis Caicedo. O zagueiro, destaque na campanha de Independiente Del Valle no vice-campeonato da Libertadores 2016, não conseguiu se firmar em Belo Horizonte e foi negociado com o Barcelona. Deve ser titular contra o Palmeiras.  A equipe deverá ser a seguinte: Máximo Banguera; Tito Valencia, Darío Aimar, Luis Caicedo, Pedro Velasco; Gabriel Marques, Richar Calderón; José Ayovi, Damián Díaz, Marcos Caicedo; Jonathan Álvez.

No jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, vitória por 1 a 0 contra o Palmeiras com um gol chorado (e esquisito) de Jonathan Alvez no último lance do jogo. Prêmio para uma equipe que não desiste e castigo para outra que achou que ganharia o jogo apenas com a camisa. No jogo de volta, na próxima quarta-feira na Allianz Parque (Arena Palmeiras), os equatorianos precisam de um empate para se classificar. Marcar um gol obriga o Palmeiras a vencer por dois gols de diferença. A série está aberta, e o Palmeiras tem camisa, elenco e bola para eliminar o xará do ex time do Neymar. Na disputa entre verde e amarelo, veremos se consegue dar Brasil.

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