Esta história pode ser parecida com a sua, mas eu espero que não seja. Porém, não há como negar: quem não viveu isso, viu acontecer ao seu lado.

O CDF da turma sentado na primeira carteira; a caneta é um vulto em sua mão, os olhos colados a lousa por de trás dos óculos, os ouvidos parecem ouvir apenas a explicação do mestre à frente.

Até que ela entra; atrasada, arrumada, maquiada… linda. E Vanderlei, então, a assistir desfilar pelo corredor ao seu lado sem ao menos nota-lo. Senta-se ao fundo, em meio aos populares, que não têm, talvez, a metade da qualidade do garoto-CDF-Vanderlei.

Os anos passam. A maioria dos ‘amigos’ dessa época some. Vanderlei também desaparece, levado, pela sua dedicação, para voos mais altos. Um sábado qualquer, após a garota atar um novo namoro com quem, na verdade, não tem certeza de que lhe sirva, ela o vê. A dedicação, o foco e a qualidade são os mesmos de sempre, mas, agora, ela finalmente os nota. Nota?

A garota é a Seleção Brasileira.

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