A temporada do tênis mundial é a única que começa antes dos fogos da virada. No final de dezembro já estavam sendo disputadas exibições que funcionam como preparação para a disputa dos torneios que antecedem o primeiro Grand Slam do ano, o Aberto da Austrália. Contudo, a temporada mal começou e o mundo do tênis já foi invadido por incertezas quanto às participações dos maiores nomes do circuito no Grand Slam australiano.

A temporada 2017 de Rafael Nadal beirava a perfeição, com títulos de Roland Garros, US Open e a retomada do número 1 do mundo. Contudo, problemas físicos obrigaram o espanhol a abandonar o Masters 1000 de Paris mesmo classificado para as semifinais e depois a abandonar o ATP Finals após o primeiro jogo. Quando todos aguardavam o retorno do tenista nascido em Mallorca no ATP de Brisbane, ele abandonou a disputa alegando falta de tempo de preparação. Apesar de confirmar sua participação no Aberto da Austrália, há dúvidas quanto à real condição do espanhol.

Andy Murray não disputa uma partida oficial desde Wimbledon, em julho de 2017, quando acusou problemas no quadril. Após encerrar precocemente a temporada 2017, tinha seu retorno previsto para um torneio de exibição em Abu Dhabi. Jogou apenas um set de exibição e perdeu para o espanhol Roberto Bautista Agut, num discreto jogo do britânico. Em seguida, o tenista escocês anunciou que não jogará o ATP de Brisbane e colocou em dúvida sua participação no Aberto da Austrália.

Novak Djokovic teve um 2017 para esquecer. Sem títulos expressivos, o sérvio ocupou as manchetes pelas sucessivas trocas de treinadores. Em julho, quando disputava as quartas de final de Wimbledon, Djokovic abandonou a partida por conta de uma lesão no ombro direito. Após recorrer a um procedimento cirúrgico, o tenista nascido em Belgrado planejava retornar às quadras na exibição de Abu Dhabi, mas precisou de mais um tempo de recuperação. As dores no ombro operado não cessaram e agora o sérvio espera a recuperação completa para decidir a data do retorno às competições oficiais. Não há previsão para que Djokovic volte a jogar.

Além de Nadal e Murray, o japonês Kei Nishikori foi outro a abandonar o ATP de Brisbane. Nishikori precisou encerrar a temporada 2017 em outubro, por conta de dores no punho, e pretendia retornar no torneio da Oceania, mas precisou de mais um tempo de recuperação. Não fez nenhum anúncio oficial sobre sua participação no Aberto da Austrália.

O suíço Stanislas Wawrinka voltou aos treinos em novembro, mas ainda não disputou nenhuma partida oficial. Já o canadense Milos Raonic voltou às quadras, mas sofreu uma inesperada derrota nas oitavas de final do ATP de Brisbane.

Desta forma, tudo indica que o Aberto da Austrália terá como grande favorito o atual campeão Roger Federer, que apesar dos seus 37 anos mostra uma condição física invejável e bastante acima dos seus adversários. Para confrontar o maior tenista da história, Dimitrov, Zverev, Goffin, Sock e Thiem serão os representantes da nova geração que buscará conquistar seu primeiro Grand Slam. O primeiro Grand Slam do ano começará no próximo dia 15 de janeiro nas quadras duras de Melbourne.

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