A vida de um jogador de futebol não é diferente da sua em uma coisa: ela é feita de escolhas. Uma acertada pode te levar a glória, uma errada… Bem, esta é a história de dois meninos que viveram a vida, fizeram as próprias escolhas e hoje arcam com elas.
Eleitos revelação do Campeonato Brasileiro de 2015, um pela CBF e outro pelo Prêmio Bola de Prata, campeões olímpicos e companheiros de Seleção Brasileira principal. Até esse último momento, o da convocação de Tite, era grande a discussão sobre quem merecia ser titular e sobre qual dos dois teria mais sucesso na carreira. E é aí que entram as escolhas…
Poucos dias após a tal convocação, a primeira de Tite, Gabigol se despedia da Vila Belmiro para jogar na (saudosa) Inter de Milão. Naquele momento a temporada européia se iniciava e o atacante não quis perder mais nem um minuto no Brasil. O Calcio já havia começado e não havia tempo a desperdiçar.
Vinte dias antes da convocação e da negociação de Gabigol, o outro jovem também havia feito sua escolha. Gabriel Jesus já era jogador do Manchester City, mas não iria para a Inglaterra agora. Como era desejo dele e da diretoria do Palmeiras, Jesus terminaria o ano vestindo a camisa alviverde e se apresentaria ao clube de Pep Guardiola em janeiro.
Sabe outra coisa que falam sobre a vida? Aproveite as oportunidades que ela te der. Gabriel Jesus sabia disso. Logo na estréia contra o Equador o atacante marcou duas vezes. Na partida seguinte contra a Colômbia ele não balançou as redes, mas só foi substituído aos 41 minutos do segundo tempo. E não, não foi Gabigol quem entrou. O jogador da Inter de Milão apenas assistiu as vitórias do banco de reservas.
Daí pra frente a Seleção Brasileira de Tite jogou mais quatro vezes: quatro vitórias e três gols de Jesus. O camisa 9 fechou terminou 2016 como um dos artilheiros da equipe, empatado com Phillipe Coutinho, com cinco gols.
Em seu clube de origem, desde a estréia com a amarelinha e da venda ao City, Gabriel Jesus atuou 13 vezes e anotou dois gols. Na próxima vez que entrar em campo deve ser para comemorar o título do campeonato brasileiro, que o Palmeiras não conquista desde 1994. Gabigol atuou 16 minutos em sua estréia no italiano e foi só. Depois disso foi relacionado para apenas três outras partidas e não saiu do banco.
Jesus deixa o clube que o revelou como ídolo de uma geração, inicia o ano de 2017 como titular incontestável da Seleção Brasileira e chega ao Manchester City com o troféu de “Melhor Jogador do Campeonato Brasileiro” (tanto pela CBF quanto pelo Bola de Prata).
Já Gabigol… Bem, o Gabriel… Gabriel Barbosa é isso? Ah sim, aquele revelado pelo Santos, ta jogando onde mesmo? É verdade, na Itália, por um minuto não consegui me recordar. Não sei como começa 2017 para ele…
O tempo e os números:
Gabigol (2015) – 56 jogos e 21 gols
Gabriel Jesus (2015) – 37 jogos e 8 gos
Gabigol (2016) – 35 jogos e 14 gols
Gabriel Jesus (2016) – 45 jogos e 21 gols
Pela seleção:
Gabigol – 4 jogos e 2 gols (não atuou pelas eliminatórias)
Gabriel Jesus – 6 jogos e 5 gols

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