Chegou ao clube com status de craque. Contratado a peso de ouro, sonhava até em disputar a Copa do Mundo como meia da seleção brasileira. Com algumas presenças e até mesmo atuações aceitáveis nos tempos de Dunga, ainda não tinha conseguido se firmar na Era Tite. O ambiente no seu ex clube, na opinião do atleta, prejudicava-o, e ele pouco fazia para melhorá-lo. Subir a serra parecia um caminho perfeito rumo ao sucesso.

Se a personagem criada por Martin Hanford vestia camisa vermelha e branca listradas e uma touca das mesmas cores, o futebolista sumido veste verde. Seus cabelos eram dourados, mas o brilho capilar foi no mesmo rumo do brilho em campo. Após um começo promissor, com assistências e cobranças de falta que sugeriam o sucesso, perdeu-se na inconsistência de um time que luta para achar a sua identidade. E após uma sequência de partidas abaixo da crítica, começou a ser invariavelmente substituído durante as partidas. Para piorar, viu o seu reserva imediato entrar e marcar o único gol palmeirense no empate contra o Botafogo no Rio de Janeiro.

Diante dos fatos expostos, a torcida do Palmeiras se pergunta: onde está Lucas Lima? Achá-lo pode ser o primeiro passo rumo à recuperação da equipe, que começa a mostrar sinais de instabilidade. Para piorar, o meia não sumiu sozinho. Dudu, antigo ídolo da torcida, também está na lista dos procurados. E com eles, sumiu o futebol. Borja já não recebe bolas limpas em condição de finalizar. Willian não consegue ser decisivo e tudo fica por conta da velocidade e disposição de Keno, que com mais transpiração do que inspiração ocupa o lugar de novo xodô da torcida.

Palmeiras precisa de Lucas Lima, e Lucas Lima precisa do Palmeiras. Juntos, o clube disputará Brasileiro e Libertadores com chances reais de título e o atleta poderá sonhar com vôos maiores. Separados, o caminho de ambos será tortuoso, e achar o sucesso será mais difícil do que encontrar onde está Wally.

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