Este texto foi publicado originalmente nos parceiros do Junta 7

Não é de hoje que a Konami e a EA Sports duelam pela preferência dos gamers de futebol. A EA sempre se manteve firme com o FIFA, enquanto a Konami variou nos títulos. Primeiro veio o International Superstar Soccer, depois o Winning Eleven que, a partir de 2001 virou Pro Evolution Soccer, o PES.

E esse duelo foi passando de geração para geração no que se diz respeito aos consoles. Desde os anos 90, nos tempos do Super Nintendo que ela vem, chegando a atual fase da tecnologia, que põe PlayStation 4, Xbox One e os PC’s para duelar. Mas a disputa entre as franquias ganhou uma nova versão. Agora, o duelo é no mobile.

Anunciado neste ano, Pro Evolution Soccer 2017 agora é, também, PES 2017 Mobile. O game desenvolvido pela Konami finalmente chegou ao mundo dos celulares e tablets, para tentar fazer frente ao FIFA, que desponta como líder deste mercado. O mesmo vale para os consoles.

Mesmo com pouco tempo de jogo, já deu para sacar muita coisa sobre o título, que vai ser o foco desta análise.

Assim como as versões de consoles, o PES 2017 Mobile também foi desenvolvido sobre a engine, que é um é um motor de física, da Havok. Além deste, títulos como Call of Duty: Black Ops II, Super Smash Bros. BrawlDiablo III e The Last of Us se utilizam da mecânica da Havok.

Na parte de comando dos personagens, é passível trabalhar com duas opções. A Classic é a mais comum. Ela se utiliza de botões que são acionados após o toque na tela. Por eles, além da locomoção, é possível rezalizar as ações corriqueiras do jogo, como passar a bola, chutar e fazer lançamentos.

O segundo modo, sendo este mais complexo, é o Advanced, que tira os botões e direcionais da tela e é feito através de uma série de combinações de toque na tela. Aqui a memória do jogador é colocada a prova, já que é preciso decorar todas as opções, o que não acaba sendo tão simples assim. Um toque na tela vira passe. Dois se torna um chute e por aí vamos.

Neste quesito fica uma das maiores críticas feitas ao jogo. Apesar de entendível, o sistema de locomoção acontece de forma muito abrupta. Diferente dos consoles, que você consegue um meio termo na hora de se deslocar, aqui tudo acontece de forma muito seca, o que acaba pegando um pouco na hora de brincar.

 

Na questão de gráficos, não tenho do que reclamar. Apesar da clara limitação, por conta dos telefones não serem potentes como os vídeo-games, o PES 2017 Mobile cumpre muito bem o seu papel. Assim como acontece na versão para consoles, a Konami segue na frente da EA quando falamos da semelhança dos atletas do game para os reais.

O jogo ainda conta com outro facilitador, uma vez que ele é 100% traduzido. Além do inglês, língua original do game, ele é geo localizado para mais alguns idiomas, incluindo o português. Na versão tupiniquim, a locução fica por conta de Milton Leite, do SporTV, enquanto os comentários são de Mauro Beting, do Esporte Interativo. Mais um ponto para o PES, já que Tiago Leifert e Caio Ribeiro não dá tão certo assim.

Além de tudo isso, ele apresenta uma vasta gama de modos de jogo. Fazendo minhas as palavras da ESPN, “O Campanha, por exemplo, cria uma espécie de campeonato com 10 partidas. Já o Multiplayer pode ser jogado online contra jogadores de todo mundo ou local. O modo de evento é feito contra uma inteligência artificial, que rende recompensas e fica disponível por tempo determinado […] No geral, se aproveita os moldes do modo myClub, com o gerenciamento do time, incluindo estratégia e contratações, além do sistema monetário, com as moedas myClub e os pontos GP que servem na aquisição de novos jogadores“.

A aquisição de jogadores também vale ser, não criticada, mas ressalvada, uma vez que ela é diferente do que acontece no FIFA mobile. Segundo o Mobile Gamer, “você não abre pacotinhos como no FIFA Mobile. Os jogadores são contratados por olheiros em um sistema de leilão. Quanto melhor o olheiro, melhores são os jogadores. Os leilões são definidos pelos jogadores, você escolhe o valor do seu lance e se vencer, aí sim, é aberto um menu com “bolas aleatórias” e uma delas, revela o seu novo jogador. O game mostra, antes de abrir uma “bola”, os jogadores que você pode ganhar. Porém, tudo roda sobre um sistema de contratos que acaba de vez enquanto, por isso é preciso ir bem nas partidas para poder renovar contratos e manter os melhores jogadores no time“.

Outro ponto que acaba sendo limitante no jogo é a barra de energia. Ao se disputar uma partida, independente do modo, você acaba gastando a energia. Isso não seria problema se ela fosse reposta de maneira rápida, o que não acontece. Cada ponto da barra demora 10 minutos para ser reposto. Como você gasta cerce de 20 pontos por partida jogada, isso acarreta num demora para poder jogar uma nova sequencia de partidas.

Para os fãs brasileiros, fica o destaque que o PES tem o Campeonato Brasileiro licenciado. Todos os times da Série A estão presentes no jogo. Além destes, as ligas da França, Itália, Holanda, Argentina e Chile também contam com times reais. A parte negativa fica pela falta de alguns outros importante nomes. Na liga da Inglaterra, apenas Arsenal e Liverpool são verdadeiros, o resto são genéricos. O caso fica pior na liga da Espanha, onde só o Barcelona é time. Até o Real Madrid, atual bicampeão da Champions League, foi feito de forma genérica.


Apesar de todos os pesares, o PES 2017 Mobilie me divertiu mais que o seu concorrente. O modo Classic deixa o jogo fácil de se brincar, apesar da rispidez no movimento dos atletas. Como fã de futebol, é uma boa opção para passar o tempo. Poderia ser melhor se não fosse a barra de energia e o fato dele só funcionar mediante conexão com a internet. Fora isso, estamos vencendo.

PES 2017 Mobile está disponível nas versões para Android e iOs

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