Under Pressure. Pushing down on me. Pressing down on you. Queen. A banda que você já discutiu com seu tio chato da capital para saber se era a maior de todos os tempos, se era dramática demais ou genial por ser assim.

Itaquera, Janeiro de 2017, oito horas da manhã. Lá estavam mais um dia, sob os olhares sanguinários da torcida, os homens que carregavam a missão, under pressure, de fazer da força fraca, quarta feira de cinzas, um time que vence. Você não sabe como é jogar com a cabeça na mira de 40.000 vozes.

Apaixonadas. I want it all. They want. Sim, eles querem. Querem mais. Foi uma década tão gloriosa que não se viu um alvinegro que não quisesse viver o momento pra sempre. Who wants to live forever? Não é fácil se dissociar da alegria. É um vício e como tal, machuca perdê-lo.

Save me. Saaaaave me, cantavam naquele começo de ano tão desesperançoso. Não se via à luz alguém com esse poder, com essa envergadura. Compreensível. Esse povo tem uma filosofia que sequer conseguem domar, é divino. Torcendo pra ser e Corinthians pra viver, afinal i  was born to love you.

Clássico diante do maior rival, a casa do desespero que preludia a êxtase. The show must go on. E continuou em um turn point que abriu as alas para que um boing 767 decolasse para pousar em algum lugar muito especial.

Uma bicycle race cheia de pedras, areia, troncos revirados e muito vento. O Paulistão veio, a arrancada brasileira, ainda mais. Don´t stop me now, bradavam os de Itaquera, casa de orgulho, diga-se. Não foi fácil seguir incólume, foi o PÃAAAAAAO que o diabo amassou.

Balançou. Quase caiu. “Vocês num corrrre!” Veio o segundo turn point. Aquela casa de dubiedades, perigos, monstros e anjos. Angel Romero, Balbuena, Jô. A kind of a magic, líder isolado novamente. Arestas aparadas. Altura retomada. Pé no acelerador.

Killer Queen. Pouco esforço faz, tapa de pelica, move-se lenta e compassadamente. Efetivo. Matou o furacão e as esperanças dos que o perseguiam. We will rock you, Brasil. Chacoalhou o futebol brasileiro, subverteu as forças, teorias e conspirações. O próximo passo é como o final do show do Queen:

We

Are

The

Champions. 

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