Os corintianos poderiam estar até agora reclamando única e exclusivamente da injusta expulsão do volante Gabriel. Os palmeirenses imaginavam tirar sarro de uma goleada aplicada na casa do adversário e de pulmões cheios dizerem que “roubado é mais gostoso”. A realidade foi e é bem diferente.

Após ser assaltado pelo árbitro Thiago Duarte Peixoto, o Corinthians se posicionou como pode em campo, reduziu espaços e foi gigante na hora de decidir o derby centenário. Já o Palmeiras viveu um dia de “nãos”: não criou, não armou, não dominou rival, não soube vencer, não respeitou, não fez prevalecer um homem a mais, não teve um técnico ousado e não tem um time preparado para qualquer tipo de pretensão na temporada. O pior dos “nãos” foi não ser honesto em avisar o juiz do erro grotesco.

Bola que pune…

Puniu os jogadores alviverdes que imaginaram vencer como queriam e quando queriam o clássico. Puniu a covardia do comandante Eduardo Baptista que não foi ousado na hora das mudanças e deixou o time estacado em campo e refém de possíveis bolas aéreas. E vai punir, com certeza, o arbitro pelo roubo em Itaquera.

A bola que é justa…

Justa com os torcedores corintianos que não mereciam perder por conta de um crime. Justa com Carille que teve estrela e contou com a estrela de Jô. Justa com o futebol que ficaria ainda mais manchado (embora a lambança nunca seja esquecida). E justa com o próprio árbitro que não vai levar nas costas o fardo de ter influenciado diretamente no resultado do jogo.

A bola de história…

História de um clássico que não merecia um roubo assim. História de superação e entrega dentro de campo. História de um time com ótimas peças (talvez as melhores) que ainda não se encaixam. E história que jamais sairá da memória do corintiano.

A bola que ri…

Ri para não chorar da bizarrice de Thiago Duarte Peixoto. Ri por ter balançado as redes e emocionado tantos torcedores que sofriam. Ri por ter participado do maior clássico do mundo em seu centenário. E ri bem melhor do que palmeirenses gargalhando de uma expulsão errada. A bola riu por último… Riu com o bando de loucos. Riu com Jô. E riu, principalmente, com Gabriel.

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