Quando 2016 terminou o clima de euforia pelo título do Brasileirão e a expectativa por um ano seguinte recheado de troféus tomou conta de 99,9% dos palmeirenses. Não era para menos também. Todo mundo sabe do investimento feito no time e todos tinham certeza de que iam gastar o que fosse preciso para deixar a equipe ainda mais qualificada.

Dito e feito! As cifras utilizadas em reforços giram bem acima do que o de costume no mercado brasileiro. “Com um time desses, vamos ganhar tudo”, diziam os eufóricos.

Mas nem sempre é assim. Futebol é em campo e não no banco, literalmente.

Paulistão frustrante e time instável na Libertadores. Foi hora de trocar o comando. Cuca voltou como salvador da pátria. “Agora vai”, “Já era, Libertadores é nossa”. Diziam os palestrinos entusiasmados.

Mas uma vez não foi assim. E foi ainda pior!

O time abriu mão da Copa do Brasil, priorizou a Libertadores e foi premiado com a eliminação diante do Barcelona cover dentro de casa. Sem essa de que a culpa é do Egídio. A culpa é de ter apenas um objetivo.

Restava o Brasileiro. Pois, é! Restava…

Cuca ainda comandava e a distância era enorme em relação ao Corinthians. Quando podia chegar perto, derrota em casa para o Santos.

“Adeus, Cuca! Tapa buraco, Valentim!”, diziam os palestrinos já desanimados.

E Alberto Valentim colocou o time de volta ao campeonato. Fez o que parecia impossível e deixou o Palmeiras dependendo só de si mesmo para ser campeão. Foi ai que nova frustração aconteceu. Não por culpa de Valentim, não por culpa dos jogadores que voltaram a ser produtivos. Culpa de planejar o ano com um objetivo incerto que era a Libertadores.

Palmeiras ficou sem a obsessão, mas também ficou sem Paulista, Copa do Brasil e está praticamente sem Brasileirão. Só um milagre dá o título ao alviverde.

Que para 2018 o planejamento seja para um time vencedor e não para buscar apenas um objetivo.

Quando se quer muito alguma coisa, a queda é mais alta e mais frustrante. Por isso, é preciso objetivar todos os campeonatos e não apenas um.

Um 2018 mais feliz aos torcedores palmeirenses.

Um 2018 mais pés no chão aos mandatários do clube.

E um ano mais verde ao Palmeiras.

PS. E que Valentim seja mantido. Nada de treinadores com altos salários e sem nenhuma identificação com o time. Alberto sempre quis ser técnico do Palmeiras. Chegou a hora dele!

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