La Casa com este sobrenome que é título acima é um fenômeno. É consumido como se fosse o produto que Pablo Escobar levou pra Miami nos anos 80. Faz fãs pelo mundo, carrega uma legião maior que a que Renato deixou. Parece muito com algo ao nosso redor. A história!

História que se inicia na série produzida e espalhada mundo afora pela Netflix com as ações prepotentes e insinuantes de alguém que parecia um anti-herói, um Clark Kent ainda mais nerd, um Batman que não tinha feição que mataria um inofensivo morceguinho. Uma incógnita muito, mais muito fascinante.

O professor, como é chamado nosso herói, se é que se podem amar violões e confundir sentimentos, é alguém de habilidades demonicamente abençoadas. Parece prever cada movimento com os quais vai se deparar nas jornadas que virão. É um jogo de xadrez onde o Rei articula tudo ao seu favor.

Há um nome deste homem das ficções. Dizer aqui seria um spoiler e se vocês quiserem saber detalhes maiores sobre filmes e séries, o lugar é outro, chama-se Junta 7. Acessem, aliás. Juntando todos os títulos que o top 5 do tênis atual tem na Austrália, não atingem as marcas do nosso professar da realidade e desta crônica: Roger Federer.

Australian Open é o palco que ressurgiu há um ano a cena mais emocionante que o tênis foi capaz de protagonizar, Federer erguia o AusOpen mais uma vez, tantos anos depois. Não há Inspetora que possa detê-lo. Não há arte que o supere.

No próximo domingo, dia de gala para os pijamas e os filmes dominarem nossos dias, Roger retorna pra mais uma final, mais uma exibição de sua trilogia ao cubo, mais uma chance para nós. Mais uma vez, invicto, intacto, incólume ao tempo e ignorante com seus oponentes.

Professor que é, parece que sabe de tudo, de todos os movimentos, de cada giro que a redonda pode dar. Como de costume, espera que ela chegue quase que com um sorriso irônico no rosto e pouco faz, ela já sabe o caminho. Ele já sabe para onde ela irá. Ele tem tudo sob as mãos.

A única diferença disto tudo é que a Casa que o Professor e seus colegas tentam tomar de vencida e produzir seu império, Roger tem por talento, tem por inerência, tem o dom de ser realidade e ser, no máximo, inspiração para a melhor versão que a arte pode oferecer.

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