A história do São Paulo tem várias páginas escritas por letras celestes. Uruguaios tiveram boas passagens pela equipe do Morumbi. Desta vez, haverá presença uruguaia no banco de reservas do São Paulo Futebol Clube: Diego Aguirre foi confirmado como o novo treinador do clube.

Como jogador, Aguirre foi um atacante tecnicamente razoável, mas que fez gols por onde passou. O mais importante foi na decisão da Libertadores de 1987, quando Peñarol derrotou o América de Cali já nos acréscimos da partida e sagrou-se pentacampeão da competição. Com a camisa tricolor do Morumbi, foram sete gols em 17 partidas disputadas e uma passagem discreta pelo clube.

Veja o gol de Aguirre na final da Libertadores 1987

Após encerrar a carreira no final dos anos 90, iniciou a trajetória como treinador no Plaza Colônia e promoveu Diego Lugano à condição de revelação do futebol uruguaio. Após uma boa passagem pelo time do interior, Aguirre dirigiu o Montevideo Wanderers e o Alianza Lima do Peru, antes de chegar à seleção uruguaia sub 20 em 2008. Foi o técnico uruguaio no sul-americano (terceira posição) e no Mundial, sendo eliminado nas oitavas de final pelo Brasil. Foi responsável por lançar jogadores que tiveram presenças nas seleções principais, como o zagueiro Sebastián Coates, os meias Nicolás Lodeiro, Gastón Ramirez e Jonathan Urretaviscaya e o atacante Abel Hernandez.

Em 2011, conduziu uma limitada equipe do Peñarol até a final da Libertadores, perdendo para o Santos de Neymar e Paulo Henrique Ganso num jogo que ficou famoso por uma imensa confusão após o apito final. Aquela equipe uruguaia era bastante aguerrida e não se destacava pelo jogo vistoso, mas por um grande senso de posicionamento e marcação e uma defesa sólida.

Relembre a confusão na final da Libertadores 2011

Sua passagem por clubes brasileiros não deve deixar o torcedor tricolor muito animado: Internacional de Porto Alegre (2015) e Atlético Mineiro (2016) demitiram o treinador após insucessos na Libertadores e atuações irregulares com elencos bastante promissores.

Aguirre encontra um São Paulo mergulhado numa gravíssima crise institucional e num horroroso momento esportivo, com uma equipe recheada de refugos e jogadores de médio porte contratados como estrelas salvadoras. Precisará trabalhar muito para melhorar a condição do clube e sonhar em ser o sucessor de Oscar Tabarez na seleção uruguaia.

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