No final do ano passado, o torcedor do Santos pensava: “2017 vai ser o nosso ano”. O time (leia-se 11 jogadores) que terminou o ano como vice-campeão brasileiro ganhou corpo para a nova temporada. Chegaram reforços que prometiam o transformar o time em um elenco. Se fosse um filme, o Alvinegro Praiano teria sido indicado em tantas categorias quanto “Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (11) ou “Titanic” (14).

Pois bem, na hora de receber as estatuetas, no entanto… O time de Dorival Júnior até começou bem, goleando o Linense (classificado para as quartas) por 6 a 2, mas depois o negócio desandou… Atuações fracas, derrotas em clássicos, derrotas dentro da Vila Belmiro: o torcedor viu o roteiro que se mostrava maravilhoso colidir em um gigantesco iceberg.  A história nos conta que foi justamente no dia que o famoso navio afundou nos mares, que o Santos Futebol Clube foi fundado.

Mas o Peixe não afundou quando encontrou esse iceberg. Se alguém merece uma estatueta, essa pessoa é o presidente Modesto Roma Junior, que manteve a comissão técnica mesmo diante do conturbado ambiente que se criou nos bastidores. Após a tempestade, o Santos reencontrou parte do futebol que o levou a tantas indicações e as vitórias voltaram a aparecer na película.

A equipe ainda não demonstrou aquele futebol vistoso que agrada a academia do gênero futebolístico, mas mesmo assim, se classificou na primeira posição de um grupo complicado e tem o jogo mais difícil das quartas pela frente: a Ponte Preta, uma equipe que, se não ganha Oscar, está sempre presente nas festas de premiação, como quem diz: “eu estou aqui, se vocês bobearem, qualquer dia eu levo um pra casa”.

Neste sábado a decisão começa em Campinas e o Santos vai precisar da melhor atuação possível do constantemente indicado a melhor ator, Lucas Lima, e de todos os coadjuvantes, para que o roteiro não descambe de vez para o drama. A academia vai estar de olho, pronta para dar seus votos e o resultado é o primeiro passo para saber se, em 2017, o Alvinegro vai levar tantas estatuetas quanto se era pensado, como os filmes citados levaram (11 cada um), ou se o time dará um passo rumo ao fracasso, como fizeram “Momento de Decisão” (1977) e “A Cor Púrpura” (1985) com 11 indicações e nenhum prêmio, digo, título de campeão.

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