Sim, escrevi esses dias por aqui que não era a favor da saída de Eduardo Baptista, que ele não era culpado e não haveria motivos para toda responsabilidade pela não evolução do Palmeiras em campo ser jogada em suas costas. Mas não teve jeito. A diretoria palestrina mandou o promissor comandante embora e agiu rápido: menos de 24 horas depois Cuca fora anunciado como treinador verde.

Não ser a favor da saída de Baptista não quer dizer que sou contra a chegada do homem das calças vinho, da superstição à flor da pele e da fé acima de tudo. Cuca não deveria ter deixado o Palmeiras e sua volta traduz o sentimento de amor entre clube, torcida e comandante. Sentimento recíproco e de confiança. Confiança em um bom trabalho.

Não há quem não acredite na evolução do time agora. Um elenco muito melhor do que o Campeão Brasileiro. Um elenco com peças de nome, renome, sobrenome, apelido e promessas. Um elenco que combina com o estilo de jogo proposto pelo Cucabol. E não falo de laterais na área. Falo de ofensividade, garra e futebol bonito. Mistura que deixa quieta a turma do amendoim e enche de esperança a desconfiada torcida palmeirense.

Cuca não é o salvador da pátria. Mas todos querem que seja. Até mesmo ele quer. Ele quer vencer, quer deixar seu nome marcado, ainda mais, na história do clube. Ele quer cumprir promessas, assim como colocou a prometida faixa no peito e gritou “é campeão”. Não como jogador, mas como treinador. Comandante do Enea. Professor de esperança. Homem de confiança. Torcedor à beira da cancha.

Já estreia no domingo. Já é esperado pela torcida. Já vende calças vinho à rodo. Já deixa mais verde o coração palestrino. Já ecoa no palestra o tradicional “olê, olê, olê, olá… Cuca, Cuca”. Já faz rivais pensarem duas vezes antes de enfrentarem o porco. Já faz a obsessão palmeirense ser mais intensa. Já faz o torcedor alviverde imaginar Dudu levantar a América.

Não será fácil. E não depende apenas de ter um excelente time e técnico. Depende de sorte, fé, supertição e muito trabalho. Características que não faltam a Alexi Stival. Determinação que não falta a Cuca.

O palestrino espera a Libertadores. Cuca, que também é palestrino, vai fazer de tudo para alcançá-la.

Resta esperar, torcer e acreditar que a taça virá.

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