Zagueiro anota golaço, chega a “artilharia do time no estádio”, mas depois perde pênalti decisivo

Em jogo que valia a última vaga nas semifinais do Campeonato Paulista, a Ponte Preta eliminou o Santos do Campeonato Paulista nas penalidades. O Alvinegro Praiano até bateu a equipe do interior por 1 a 0, gol de David Braz, mas o time precisava vencer por dois gols de diferença para reverter a vantagem conquistada pela equipe do interior na primeira partida, quando o time de Campinas venceu por 1 a 0. Nos pênaltis, a Ponte Preta fez 5 a 4 e se classificou para enfrentar o Palmeiras na próxima fase. O mesmo David Braz perdeu o pênalti que tirou o Santos do Paulista antes da final após oito anos.

O estádio do Pacaembu, onde ocorreu o jogo, recebeu o maior público do Alvinegro Praiano no ano, 37.145 torcedores, quase três vezes os pouco mais de 13 mil que assistiram a partida entre Santos e The Strongest, pela Libertadores da América.

Ponte se fecha, mas falha em segurar resultado obtido em Campinas

A equipe de Gilson Kleina entrou em campo pensando no 0 a 0. O treinador queria segurar o ímpeto santista nos primeiro 15 minutos, mas falhou, já que exatamente aos 15 sofreu o gol que tirou a vantagem que a Ponte tinha. Mesmo após sofrer o gol, o time do interior não conseguiu sair pro jogo, recuado em seu campo de defesa tentando conter o volume de jogo do adversário e apostando nas bolas paradas. Depois, foi competente nos pênaltis e carimbou passaporte para as semis.

Pior do jogo: Árbitro deixa de marcar pênalti a favor do Santos

Rafael Gomes da Silva não esteve em noite feliz. Aos 38 minutos deixou de marcar um pênalti claro, e até infantil, em cima de Bruno Henrique, que foi empurrado na lateral da grande área. Após o erro, deixou de marcar várias faltas, algumas mais duras, e perdeu o controle jogo.

Bruno Henrique cria caos pelos flancos e é o melhor da partida

Ora pela esquerda, ora pela direita, Bruno Henrique distribuiu dribles, abriu espaços e criou oportunidades para si e para os companheiros. Foi ele que escorou o cruzamento que deu origem ao primeiro gol. Também sofreu o pênalti não marcado. Saiu com cãibras na segunda etapa.

Seguro defensivamente, Santos explora pontas e domina o jogo

Até pela postura do time do interior, a equipe alvinegra em nenhum momento se viu em desvantagem numérica no setor defensivo, e com boa atuação proporcionou vida fácil ao goleiro Vanderlei. Com mais de 60% da posse de bola, característica do time, o Santos teve volume de jogo, rondando a área do adversário e criando oportunidades principalmente pelos extremos do campo. Zeca chegou a acertar a trave no segundo tempo e poderia ter decidido do jogo no tempo normal.

Vilão, zagueiro é um dos artilheiros do Santos em período invencível no Pacaembu

O Santos não é derrotado no Pacaembu desde 2014. De lá pra cá foram 18 jogos e o artilheiro desses últimos três anos é um zagueiro: David Braz já anotou 12 gols com a camisa do Santos, seis deles no Pacaembu (maior número empatado com Vitor Bueno). A marca foi atingida hoje: aos 15 minutos do primeiro tempo, o zagueiro fez, provavelmente, o mais bonito deles. Bruno Henrique escorou cruzamento para o meio da área, Lucas Veríssimo jogou pro alto e David Braz executou um lindo voleio na marca do pênalti. O gol, no entanto, de nada adiantou já que o mesmo Braz perdeu o pênalti que eliminou o Alvinegro Praiano da competição.

Principal dúvida da semana, Bueno vai mal até no Pacaembu

Apesar de ser um dos artilheiros da fase invicta do Alvinegro no estádio da capital paulista, Vitor Bueno não conseguiu apresentar o futebol que o levou a ser destaque do time na última temporada. Inverteu de lado com Bruno Henrique para confundir a marcação, mas viu sempre o companheiro criar as melhores oportunidades do time. Saiu no final do jogo para a entrada de Jean Mota.

Ficha Técnica

Santos 1 x 0 Ponte Preta

(nos pênaltis: Santos 4 x 5 Ponte Preta)

Gol: David Braz, aos 15 minutos do primeiro tempo.

Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Lucas Veríssimo e Zeca; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima; Vitor Bueno (Jean Mota), Bruno Henrique (Copete) e Ricardo Oliveira (Kayke). Técnico: Dorival Júnior.

Ponte Preta: Aranha; Nino Paraíba (Naldo), Marllon, Yago e Reynaldo; Wendell (Jeferson), Elton e Jadson; Clayson, Lucca (Ravanelli) e Pottker. Técnico: Gilson Kleina.

Cartões Amarelos: Vitor Bueno e Victor Ferraz (SAN), Clayson, William Pottker e Reynaldo (PON)

Arbitragem: Rafael Gomes Felix da Silva, auxiliado por Danilo Ricardo Simon Manis e Marcelo Van Gasse.

 

 

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