O sorteio não foi tão agradável assim para os atuais campeões do mundo. Se o Putin achou interessante receber a Alemanha no inverno, os atuais campeões não devem ter achado graça em enfrentar Suécia e México logo na primeira fase. Embora seja clara favorita, a líder do ranking mundial não deverá ter vida fácil nos jogos contra suecos e mexicanos. Estes, por sua vez, disputarão o segundo lugar do grupo. Fica para a Coreia do Sul a função de zebra, que tão bem desempenhada foi nas Copas do Mundo de 2002 e 2010.

 

ALEMANHA EM BUSCA DE REVALIDAR O TÍTULO

A campanha alemã nas Eliminatórias foi de impor respeito. Foram dez vitórias no mesmo número de jogos disputados, com 43 gols marcados e apenas 4 sofridos.

Interessante é o fato da seleção alemã não ter nenhum jogador eleito entre os melhores do ranking da FIFA. Isso mostra que a força da atual campeã do mundo está no conjunto, apesar de ter jogadores do nível do goleiro Neuer e os meias Muller e Kross. Talvez falte um centroavante, um camisa nove artilheiro, mas o elenco será capaz de suprir a ausência.

A Alemanha estreia contra o México, em Moscou. Depois, viaja 1622 km até Sochi para enfrentar a Suécia. No último jogo, enfrentará a Coreia do Sul em Kazan (a 2063 km de Sochi).

Treinador: Joachim Low

Sistema preferido: 4-2-3-1

Destaque: Toni Kroos (Real Madrid)

Atenção a: Julian Draxler (PSG)

 

SUÉCIA: A VILÃ DA COPA BUSCA VOLTAR AO CENÁRIO MUNDIAL

Responsável pela eliminação das sempres favoritas Holanda e Itália, a Suécia busca retomar a senda que a levou a ser destaque na Copa do Mundo de 1994, quando acabou num meritório terceiro lugar. Nas edições seguintes, apenas duas participações, alcançando as oitavas de final em 2002 e 2006.

A volta da Suécia às Copas do Mundo foi com boa dose de sofrimento. Ficou em segundo lugar do Grupo A atrás da França e só se classificou no saldo de gols, deixando de fora a Holanda. Foram seis vitórias, um empate e três derrotas, para ir à repescagem, na qual eliminou a Itália, ganhando de 1 a 0 em casa e segurando o 0 a 0 na sua visita a terras itálicas.

A figura da Suécia é o Forsberg , craque da promissora geração campeã europeia sub 21 em 2015. Lindelöf, que vive fase difícil no Manchester United, também é destaque. A dúvida fica por conta da volta à seleção do maior jogador sueco de todos os tempos: o atacante Zlatan Ibrahimović. Atualmente fora dos gramados por uma contusão do joelho no seu clube (Manchester United), e após renunciar à seleção, especula-se com o seu retorno para disputar a sua última Copa do Mundo.

Suécia estreia na Copa do Mundo jogando contra a Coreia do Sul em Níjni Novgorod. Na sequência, viaja a Sochi (1852 km) para enfrentar a Alemanha, e encerra a primeira fase em Ecaterimburgo (2783 km de Sochi) encarando o México.

Treinador: Janne Andersson

Sistema preferido: 4-4-2

Destaque: Emil Forsberg (Leipzig)

Atenção a: Victor Lindelöf (Manchester United)

 

MÉXICO: EXPERIÊNCIA E JUVENTUDE PARA TENTAR SURPREENDER

A seleção mexicana é figurinha carimbada em Copas do Mundo. Desde 1994, participou de todas as edições da fase final, mas não conseguiu passar das oitavas de final. Classificou-se para a Copa da Rússia após ser o líder do grupo A das eliminatórias da América Central e do Norte e ganhar o hexagonal final com folga: foram 21 pontos em dez partidas, cinco a mais do que a Costa Rica, segunda colocada. A única derrota mexicana foi na última rodada, quando já estava classificada, perdendo para Honduras fora de casa.

O México chega à Copa do Mundo credenciado por ótimos trabalhos nas seleções de base, com o título no mundial sub 17 de 2011, o terceiro lugar no mundial sub 20 do mesmo ano e com a maior conquista mexicana de toda sua história: a medalha de ouro olímpica de 2012, derrotando o Brasil de Neymar na decisão.

Aos experientes Guillermo Ochoa e Javier Chicharito Hernandez, somam-se jogadores de ótimo nível, tais como os atacantes Hirving Lozano (PSV Eindhoven da Holanda) e Raul Jimenez (Benfica de Portugal). Andrés Guardado e Joel Salcedo trazem experiência e marcação no meio-campo e garantem uma equipe sólida e combativa dirigida pelo sempre imprevisível Juán Carlos Osorio.

México estreia na Copa do Mundo enfrentando à atual campeã Alemanha, em Moscou. O segundo jogo será em Rostov (apenas 215 km de Moscou) contra a Coreia do Sul. Na última rodada da fase de grupos, o adversário dos mexicanos será a Suécia, em Ecaterimburgo (1582 km de Rostov).

Treinador: Juán Carlos Osorio

Sistema preferido: 4-3-3

Destaque: Javier Hernandez (West Ham United)

Atenção a: Hirving Lozano (PSV Eindhoven)

 

COREIA DO SUL: A ZEBRA ASIÁTICA NA RÚSSIA

A Coreia do Sul é a seleção mais frágil do Grupo F. Nem mesmo conseguiu uma classificação tranquila, pois após liderar o grupo G na segunda fase das Eliminatórias asiáticas, conseguiu apenas a segunda vaga do continente na fase final, atrás de Irã e com apenas dois pontos de vantagem sobre Síria e Uzbequistão. Foram quatro vitórias, três empates e três derrotas e a vaga na Rússia estava garantida.

Heung-Min Son, do Tottenham, terá a dura missão de comandar a Coreia do Sul na busca por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. Ele é sem dúvida o maior destaque da equipe.

Os asiáticos começarão sua caminhada em Níjni Novgorod, onde enfrentarão a Suécia. Em seguida, viajarão até Rostov (407 km) para jogar contrao México. Encerrando a sua participação na fase inicial, jogarão contra a Alemanha em Kazan (808 km de Rostov).

Treinador: Shin Tae-yong

Sistema preferido: 4-4-2

Destaque: Heung-Min Son (Tottenham)

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