Georginio Wijnaldum viveu uma temporada de muitas emoções no Liverpool. O holandês foi um dos poucos destaques do rebaixado Newcastle em 2015/2016 e virou alvo de investimento pesado pelos Reds, custando a bagatela de 25 milhões de libras. Mas o valor pago não foi refletido imediatamente em campo, com o meio-campista encontrando dificuldades nos primeiros meses em Melwood, enfrentando diversas críticas de mídia e torcida.

No ano de 2017, porém, as coisas mudaram para o jogador de 26 anos. Com as lesões de Henderson e Lallana, Gini Wijnaldum ganhou espaço, começou a jogar bem e virou peça-chave no esquema de Jürgen Klopp. Onipresente em campo, muito ativo no ataque e com gols importantes, o holandês ganhou o carinho da torcida ao final da temporada, fazendo, inclusive, o primeiro tento na vitória por 3 a 0 sobre o Middlesbrough, que devolveu o Liverpool à Champions League após três temporadas. E foi exatamente após a partida que um ato de muita generosidade do jogador ganhou fama.

Wijnaldum comemora o gol que abriu o placar sobre o Middlesbrough. Horas depois, ele faria um torcedor do Liverpool sorrir novamente

Wijnaldum estava na loja da Adidas (sua patrocinadora) em Liverpool, quando avistou um garotinho, trajado com o fardamento red, olhando fixamente para a prateleira de chuteiras. O jogador, então, se aproximou de Paddy Mackessy, irlandês de 11 anos, abaixou-se e perguntou ao garoto qual chuteira ele estava observando. Paddy se assustou ao reconhecer Gini, mas respondeu que gostava muito da Adidas PureControl, antes de Wijnaldum perguntar o número que o menino calçava, e, depois, o motivo dele não comprar a chuteira. Assim que Paddy respondeu “pois é muito cara” (ela custa 3oo libras), a mãe do garotinho o chamou para ir embora. Mackessy pediu uma selfie com Wijnaldum e saiu feliz da vida por conhecer um de seus ídolos de Liverpool.

A partir daí, quem conta a história é a mãe do menino, Louise Mackessy: “Fomos até a loja para comprar uma calça para Paddy, mas ele não parava de olhar as chuteiras. Não reparei que havia um homem conversando com ele, muito menos um jogador do Liverpool, quando o chamei para ir embora. Sabia que, se deixasse, ele passaria o dia todo olhando para aquela prateleira cheia de coisas de futebol”. Enquanto caminhavam de volta para o hotel onde estava hospedados, o garotinho contava todo orgulhoso da selfie que acabara de conseguir e sobre a conversa que teve com seu ídolo, quando Louise notou uma vendedora da loja da Adidas correndo desesperada atrás de mãe e filho. Ao finalmente chegar ao encontro de Louise e Paddy, a vendedora disse: “O Sr. Wijnaldum comprou a chuteira para o seu filho e pediu para vocês voltarem para pegar”.

Louise ficou maravilhada com a atitude do jogador holandês, e o descreveu como um “cara muito bacana, acessível e amigável”. Paddy, com um sorriso enorme no rosto, ainda pediu mais uma selfie com o holandês, pois a primeira havia ficado muito tremida, devido ao nervosismo do garoto. Foi a mãe quem tirou a segunda foto, que estampou matérias de jornais online Irlanda afora. O menino, que gosta de jogar como meio-campista assim como Wijnaldum, ainda disse, em entrevista à RTE Radio One, da Irlanda, que seus amigos “morreriam de inveja” quando soubessem da história.

O caso mostra como Georginio Wijnaldum está conectado à cidade de Liverpool e aos valores do clube e se mostra empenhado em estar sempre próximo do torcedor. Continuando com esse espírito fora de campo, aliado à sua técnica e raça dentro dele, o camisa 5 dos reds tem tudo para ser ainda mais importante para o Liverpool na temporada que vem. Para Paddy Mackessy, com toda a certeza, Wijnaldum já é um heroi.

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