Quando o Bauru Basquete anunciou seu retorno às atividades profissionais, tudo era festa. Jogávamos no ginásio acanhado da Luso, com a dupla Renato e Ricardo no garrafão e craques como Alex Beiço – lembram dele? – e Gaúcho. Cara, era tão legal! A gente tinha voltado a disputar partidas, algumas até de igual pra igual, com gigantes do basquete nacional, como Flamengo e Brasília. Quando, na época, iríamos imaginar conquistar esse tanto de título?

Tudo mudou com a chegada de Larry Taylor. Assim que perceberam que o homem na verdade não era um ser humano, e sim um alienígena, um projeto ambicioso foi feito em torno dele e, aí, o Bauru ganhou mais uma vez projeção nacional e internacional. Jogadores de seleção contratados, a volta ao Panela de Pressão, um time cada vez melhor…claro que os títulos viriam, e vieram com uma naturalidade impressionante (aos montes também). Paulista, Jogos Abertos, Liga Sul Americana, Liga Das Américas, vitória heróica em uma partida e depois um vice campeonato contra o Real Madrid no Intercontinental e duas finais consecutivas do NBB. Jogamos até na NBA, no templo Madison Square Garden! E de lembrar que a gente assistia jogos no Luso, hein…

Comemoração da Liga das Américas: Sim, fomos o melhor time da América Latina no basquete. Foto: André Durão/Globo Esporte

Comemoração da Liga das Américas: Sim, fomos o melhor time da América Latina no basquete. Foto: André Durão/Globo Esporte

Hoje, dia 11 de junho de 2016, o Bauru foi pelo segundo ano consecutivo vice campeão Brasileiro. Pelo segundo ano perdeu por uma margem grande de pontos na última partida. Mesmo lembrando de todos os ótimos momentos, cada bola de três de Olivinha e Marcelinho doíam em nossa alma, vendo o sonho do NBB ficar mais longe. Ainda assim, não podemos reclamar. Nosso caminho foi muito lindo.

Há muitos rumores de que o Bauru Basket será desmantelado na temporada que vem, com seus principais destaques deixando a equipe. Se isso realmente ocorrer, só podemos agradecer pelos ótimos momentos vividos pelo basquete bauruense.

Obrigado, GRSA, Itabom e Paschoalotto, por acreditar no nosso esporte. Obrigado, Guerrinha por retomar o basquete na cidade. Obrigado, Vitinho Jacob, por tudo que fez e faz pela bola na cesta da cidade sem limites. Obrigado, Larry Taylor. Obrigado, Torcida Loucos da Central, Torcida Fúria e toda uma cidade que abraçou o basquete. Obrigado, Bauru Basketball Team, por todos os momentos – até os de raiva – que vivemos até hoje. Nunca esqueceremos de vocês.

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