“Um cara chato, mas um chato com algum carisma. Sempre procurando olhar as situações sobre outra perspectiva”, assim se descreve Bruno Formiga, 33 anos, jornalista e comentarista dos canais Esporte Interativo. Bruno se interessou pelo jornalismo esportivo como a maioria dos colegas de profissão: não teve oportunidade ou habilidade o suficiente para ser jogador, acabou indo falar sobre o que mais gostava. E com competência. Se formou na Universidade de Fortaleza e já trabalhou no jornal O Povo e pelas afiliadas da TV Cultura e Record em Fortaleza, antes de chegar no EI.

A chegada no canal, inclusive, foi no momento certo: “Na época estavam buscando pessoas que conheciam o futebol nordestino na redação do Rio de Janeiro. Tive sorte, pois existia a demanda e logo depois de mandar um portfólio para eles, eu já estava trabalhando lá”, conta Formiga. E quem acompanha o Esporte Interativo, tanto na TV quanto nas redes sociais, percebe que o canal tem uma pegada mais leve, mais descontraída. É assim também dentro da redação: “Até os mais experientes dizem que nunca conviveram nesse ambiente que a gente tem. A impressão que dá é que trabalho lá dentro há 10 anos. É muito bom ir todo dia num lugar em que você se sente bem e se diverte. Às vezes passamos 13 horas dentro do estúdio e nem percebemos o tempo passar, mesmo cansados. No outro dia estamos lá com o mesmo prazer”, diz.

E o futuro do comentarista parece ser no canal: “Não me imagino fora do EI. Venho crescendo e aprendendo junto com o canal e tenho contrato até 2018, além de me sentir bem lá profissionalmente e pessoalmente. Também tenho uma dívida pessoal com o canal, a quem devo muito do meu sucesso na carreira”, afirma Bruno.

CmHi9MiXIAAfS6B

O jornalista trabalha desde jogos de Champions League, até de campeonatos estaduais bem menos badalados. E, surpreendentemente, a preparação tem de ser maior na das partidas do futebol tupiniquim: “Na Champions, a estrutura é bem maior, nós temos muita informação, acesso a vídeos, a escalações antigas, a partidas de fases anteriores…Aqui, temos quase nada. Muitas vezes, precisamos fazer ligações para ver o que se passa em alguns clubes. Exige muito mais de nós”, conta. A responsabilidade nestes jogos também muda, segundo ele: “Por mais que tenhamos torcedores de times estrangeiros aqui no Brasil, considero que a paixão não é a mesma do que no seu clube local. Quando erramos a informação do clube daqui, sinto o erro bem mais grave do que no da Champions, que dói até no torcedor. Claro que não podemos errar nunca, mas o erro com os times daqui é pior”.

Como dito no início da matéria, Bruno Formiga já quis ser jogador profissional. E foi, por mais de40 dias, numa série de reportagens que marcou sua carreira como a mais emblemática: “Assinei contrato, joguei seis jogos, treinei todo dia e perdi 11 kg em mais de um mês. Vi de perto situações inimagináveis, como jogador indo pro jogo só com biscoito recheado, jogo cancelado por falta de ambulância, fora os amigos que fizemos lá e a série de reportagens que ficou muito boa. Ainda ouvi do técnico que se eu fizesse a pré-temporada, eu seria o 10 que ele procurava. Isso não tem preço”, conta o empolgado jornalista.

Bruno Formiga ainda falou sobre seu sentimento enquanto torcedor do Flamengo, sobre a disputa da Turner com a Globo, a expectativa de trabalhar em jogos da Série A do Brasileirão, seus melhores amigos no jornalismo e o sonho na profissão!

E Bruno, somos obrigados a discordar de você… Chato? Que nada, um cara super atencioso, inteligente e ótimo jornalista. Figura perfeita para o pontapé inicial da série “Vida de Jornalista”, aqui no Linha Esportiva!

A íntegra da entrevista você confere abaixo, em áudio.

 

Comentários

comentário